São Paulo, terça-feira, 22 de junho de 2004

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URBANISMO

Moradores fecharam acessos à rua Teodor Herzi, mas têm prazo para se desfazer do equipamento até hoje

Prefeitura manda tirar cancelas em Perdizes

DA REPORTAGEM LOCAL

A Subprefeitura da Lapa deu prazo até hoje para que moradores da rua Teodor Herzi, em Perdizes (zona oeste de São Paulo), retirem duas cancelas instaladas na rua na semana passada.
A maioria dos moradores das 37 casas e de dois prédios de quatro andares da rua bancou a compra e a instalação do equipamento, num total de R$ 7.000, alegando que o controle de carros e de pessoas traria mais segurança.
Segundo o advogado Murilo Monteiro de Alvarenga, 65, morador da rua, os vizinhos resolveram fechá-la "com base em seis leis municipais que permitem o bloqueio de ruas residenciais sem saída". "Nós apenas precisávamos fazer um comunicado, e isso foi feito", explicou.
A Subprefeitura da Lapa, no entanto, afirma que o comunicado nunca chegou e, além disso, alega que a via, de aproximadamente 350 metros, dá acesso às ruas Monte Alegre, onde fica localizada a PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica), e São Bartolomeu.
De acordo com Alvarenga, a região é bastante perigosa. "Só na semana passada duas pessoas foram assaltadas aqui. Eu mesmo já tive minha casa invadida por ladrões no ano passado e, há quatro meses, nosso guarda noturno foi assassinado", conta. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, foram registradas duas ocorrências de furto no local neste ano.
Com instrumentos e obras relativas à segurança -os prismas, as cancelas e uma grade de ferro colocada para fechar o acesso a um barranco-, os moradores gastaram cerca de R$ 7.000, segundo o empresário Marlon Barroso, 46, um dos vizinhos. Os gastos foram pagos por 80% dos moradores, segundo ele. Além disso, os vizinhos pagam um vigia noturno.
"Não queremos privatizar a rua. A idéia era que as cancelas só fossem acionadas à noite, mas elas nem chegaram a funcionar. Agora, elas estão travadas e nós vamos esperar uma atitude da prefeitura. Queremos apenas nos sentir seguros", diz Barroso.


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