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Secretário já reconhece crise
da Reportagem Local
O secretário municipal dos
Transportes, Carlos de Souza Toledo, afirmou ontem de manhã
que foi pego de suspresa com a notícia do fechamento da Royal Bus e
a demissão de 580 funcionários.
Ele admite, porém, que o problema enfrentado pela empresa não é
um fato isolado e pode representar
o início de uma crise incontornável no transporte público.
À tarde, refeito da "surpresa",
convocou a imprensa no Palácio
das Indústrias (sede da Prefeitura
de SP) para anunciar que determinou a aplicação de multas pela rescisão unilateral do contrato e ordenou uma auditoria na empresa.
"Vamos apurar fortes indícios
de irregularidades na Royal Bus,
como a retirada indevida de ônibus, peças e pneus", alega.
"Além disso, já demos entrada
num processo para considerar a
empresa inidônea e única responsável por deixar parte da cidade
sem transporte coletivo".
Toledo afirma que a prefeitura
está preparada para enfrentar a
crise. "Se as empresas de ônibus
quiserem medir forças com a prefeitura, vamos abrir nova licitação
para o transporte público", diz.
Para o secretário, é correto trabalhar com dois valores diferentes
para estabelecer o valor da tarifa e
o repasse das empresas.
"O custo por passageiro, que
apresentamos à Câmara para
aprovar o aumento da passagem, é
um valor irreal, simplesmente para definir um custo futuro", argumenta. "Mas o valor repassado às
empresas deve ser um custo real".
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