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Para comando do Cindacta-4, sabotagem é "forte possibilidade'
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
O comando do Cindacta-4,
com sede em Manaus, informou o Comando da Aeronáutica em Brasília que trabalha
com a "forte possibilidade" de
sabotagem na nova pane apresentada no sistema de controle
de tráfego aéreo do país, desta
vez na capital amazonense.
A nova pane prejudicou sobretudo vôos internacionais
partindo de Guarulhos (SP) e
Galeão (RJ) ou dos Estados
Unidos (Nova York, Dallas e
Miami) e do Caribe.
Houve ainda um efeito em
cascata nos vôos domésticos.
Conforme a Folha apurou, a
Força Aérea relatou quatro indícios de sabotagem: 1) A hora
da pane -o sistema parou entre 0h25 e 2h30 de hoje, hora
crítica dos vôos na área do Cindacta-4, pois há uma concentração de decolagens de vôos
internacionais que partem de
Guarulhos e do Galeão a partir
das 21h30 e sobrevoam a região; 2) "Redundância" -além
de o sistema original ter falhado, oficiais do Cindacta-4 consideram "mais do que estranho" que também o alternativo
não tenha funcionado; 3) Tempo de resposta -as falhas costumam ser rápidas, e logo a
operação é recuperada. Neste
caso, porém, o sistema ficou fora do ar cerca de duas horas; 4)
Precedentes -desde a queda
do Boeing da Gol, em 29 de setembro do ano passado, houve
mais panes graves, demoradas
e públicas, tanto de radares e
de rádios, do que nos 30 anos
anteriores.
Para controladores de vôo, os
problemas são sistêmicos e há
quem veja na divulgação das
suspeitas uma forma de pressão do comando na queda-de-braço com os sargentos que
ocorre desde o acidente da Gol.
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