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AVIAÇÃO Fokker-100 que ambos pilotavam pousou em aeroporto errado, no Espírito Santo
Piloto da TAM e major são punidos
da Reportagem Local
Um "erro de julgamento" teria
sido o responsável pela aterrissagem de um Fokker-100 da TAM no
aeroporto de Guarapari, em vez
do de Vitória, seu destino correto,
em 9 de julho último. A falha acarretou punições para os dois envolvidos diretamente no incidente:
um piloto da empresa que comandava a aeronave e um oficial da
Aeronáutica que fazia treinamento naquele vôo comercial.
Edinir Tozzi, comandante-treinador da TAM, mais de quatro
anos completos voando em Fokker-100, foi rebaixado a co-piloto.
Perdeu rendimentos e será obrigado a fazer curso de reciclagem por
seis meses, informou ontem a empresa aérea.
O major Odin Grothe, checador
do DAC (Departamento de Aviação Civil do Ministério da Aeronáutica), será mantido em funções
burocráticas até que seja investigado o que houve com o vôo 280.
O comandante do vôo era Tozzi.
Mas, em um procedimento corriqueiro na aviação civil brasileira e
previsto em lei, quem pilotava o
avião era o militar, que utilizava a
aeronave para fazer reciclagem do
treinamento de checador.
Ou seja, estava reforçando seu
conhecimento sobre o Fokker-100
para aperfeiçoar sua fiscalização
dos procedimentos da tripulação
desse tipo de aeronave.
Segundo o DAC, a Aeronáutica
usa aviões comerciais para reciclar
seus pilotos porque não tem como
manter aeronaves dos tipos usados na aviação comercial.
A falha não acarretou danos materiais ou humanos, mas metade
dos passageiros do vôo 280 preferiu seguir para Vitória em táxis
fornecidos pela TAM a decolar
novamente no avião que pousara
no aeroporto errado.
A sindicância aberta pelo DAC
ainda não está concluída, mas a
hipótese mais provável para o que
aconteceu é que houve um "erro
de julgamento" entre o comandante e o oficial.
A rigor, a responsabilidade sobre o vôo é toda do comandante
Tozzi. Segundo a Folha apurou na
TAM, ele e o co-piloto teriam avisado o major Grothe de que o aeroporto era o errado, mas o avião
acabou pousando, mesmo assim.
Segundo as assessorias de imprensa do DAC e da TAM, em casos como esse Tozzi deveria ter assumido o vôo quando não teve
suas observações atendidas. Mas
tal atitude não é tão simples.
De acordo com o DAC, o comandante teria que registrar essa
decisão em um relatório, explicando por que decidiu romper um
procedimento de treinamento que
havia sido marcado com antecedência.
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