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Ministério da Saúde demite 30
fiscais da Vigilância Sanitária
da Sucursal de Brasília
O Ministério da Saúde decidiu
demitir ontem 30 funcionários da
Vigilância Sanitária que também
são farmacêuticos-responsáveis
ou donos de farmácias no Distrito
Federal.
O ministro da Saúde, José Serra,
tomou conhecimento da irregularidade anteontem à noite e decidiu
demitir os 30 funcionários ontem
pela manhã. Segundo a Folha apurou, os funcionários haviam sido
contratados em 1995.
Para funcionar, todas as farmácias têm de ter um farmacêutico-responsável que trabalhe em
tempo integral. Ao acumular dois
empregos, os funcionários da Vigilância estavam descumprindo a
lei que eles mesmos deveriam fiscalizar.
O secretário-executivo do ministério, Barjas Negri, afirmou
que, apesar de os fiscais acumularem o cargo no ministério com o
de encarregados pelas farmácias
há três anos, só na noite de anteontem é que o caso chegou ao
conhecimento de Serra.
"Assim que nos foi passada a informação, começamos a investigar e descobrimos que havia 30
fiscais nessa situação. Todos eles
serão demitidos", afirmou Barjas
à Folha.
O ministro José Serra chegou a
Brasília ontem à noite e hoje pela
manhã deverá anunciar oficialmente as demissões.
A Vigilância Sanitária é responsável pela fiscalização de todas as
etapas de produção e comercialização dos setores farmacêutico e
de alimentos. Em todo o país, há
2.500 fiscais encarregados de monitorar a fabricação e venda de
medicamentos.
O número é considerado insuficiente para as dimensões do país.
No início da semana, Marta Nóbrega, secretária nacional de Vigilância Sanitária, anunciou que o
ministro autorizou a contratação
de mais 7.500 fiscais, o que aumentaria o total para 10 mil.
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