São Paulo, quarta, 22 de julho de 1998

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Ministério da Saúde demite 30 fiscais da Vigilância Sanitária

da Sucursal de Brasília

O Ministério da Saúde decidiu demitir ontem 30 funcionários da Vigilância Sanitária que também são farmacêuticos-responsáveis ou donos de farmácias no Distrito Federal.
O ministro da Saúde, José Serra, tomou conhecimento da irregularidade anteontem à noite e decidiu demitir os 30 funcionários ontem pela manhã. Segundo a Folha apurou, os funcionários haviam sido contratados em 1995.
Para funcionar, todas as farmácias têm de ter um farmacêutico-responsável que trabalhe em tempo integral. Ao acumular dois empregos, os funcionários da Vigilância estavam descumprindo a lei que eles mesmos deveriam fiscalizar.
O secretário-executivo do ministério, Barjas Negri, afirmou que, apesar de os fiscais acumularem o cargo no ministério com o de encarregados pelas farmácias há três anos, só na noite de anteontem é que o caso chegou ao conhecimento de Serra.
"Assim que nos foi passada a informação, começamos a investigar e descobrimos que havia 30 fiscais nessa situação. Todos eles serão demitidos", afirmou Barjas à Folha.
O ministro José Serra chegou a Brasília ontem à noite e hoje pela manhã deverá anunciar oficialmente as demissões.
A Vigilância Sanitária é responsável pela fiscalização de todas as etapas de produção e comercialização dos setores farmacêutico e de alimentos. Em todo o país, há 2.500 fiscais encarregados de monitorar a fabricação e venda de medicamentos.
O número é considerado insuficiente para as dimensões do país. No início da semana, Marta Nóbrega, secretária nacional de Vigilância Sanitária, anunciou que o ministro autorizou a contratação de mais 7.500 fiscais, o que aumentaria o total para 10 mil.



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