São Paulo, quarta, 22 de julho de 1998

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Candidato mais votado apóia a ocupação da reitoria na UFRJ

free-lance para a Folha

O candidato a reitor mais votado no Colégio Eleitoral da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Aloísio Teixeira, exortou ontem, implicitamente, os ocupantes da reitoria a manter a ocupação para impedir a posse, na prática, do novo reitor, José Vilhena.
Para Teixeira, "a possibilidade de vitória (do grupo que lidera) reside na impossibilidade de o reitor nomeado exercer sua função".
Ele falou sobre o assunto em uma palestra na reitoria da UFRJ, que continua tomada por manifestantes contrários a José Vilhena, nomeado pelo Ministério da Educação no dia 7 de julho.
Teixeira disse que é importante manter a mobilização e que o atual momento da universidade conseguiu reunir pessoas e pensamentos diversos, mas que estão trabalhando em conjunto.
A ocupação da reitoria já dura 15 dias. Cerca de 60 pessoas, entre técnicos administrativos e alunos, se revezam dia e noite no local.
De acordo com o Sindturf (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRJ), o final da ocupação continua condicionado à renúncia de Vilhena.
Mais de 7.000 assinaturas constam do manifesto contra o reitor nomeado, que continua circulando na universidade.
Das 47 unidades da UFRJ, 40 já se manifestaram a favor da renúncia de Vilhena, e apenas um dos seis decanos (diretores de centros) ainda apóia o reitor.
Em uma reunião feita ontem no Coppe (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia), as lideranças do instituto entraram em desacordo -há um grupo que apóia Vilhena. O professor Alberto Luiz Coimbra, fundador do Coppe, divulgou ontem uma carta onde diz estar preocupado pelo fato de a direção do Coppe estar em "desarmonia com a comunidade".



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