|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Candidato mais votado apóia
a ocupação da reitoria na UFRJ
free-lance para a Folha
O candidato a reitor mais votado
no Colégio Eleitoral da UFRJ
(Universidade Federal do Rio de
Janeiro), Aloísio Teixeira, exortou
ontem, implicitamente, os ocupantes da reitoria a manter a ocupação para impedir a posse, na
prática, do novo reitor, José Vilhena.
Para Teixeira, "a possibilidade
de vitória (do grupo que lidera)
reside na impossibilidade de o reitor nomeado exercer sua função".
Ele falou sobre o assunto em
uma palestra na reitoria da UFRJ,
que continua tomada por manifestantes contrários a José Vilhena, nomeado pelo Ministério da
Educação no dia 7 de julho.
Teixeira disse que é importante
manter a mobilização e que o atual
momento da universidade conseguiu reunir pessoas e pensamentos diversos, mas que estão trabalhando em conjunto.
A ocupação da reitoria já dura 15
dias. Cerca de 60 pessoas, entre
técnicos administrativos e alunos,
se revezam dia e noite no local.
De acordo com o Sindturf (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRJ), o final da ocupação continua condicionado à renúncia de Vilhena.
Mais de 7.000 assinaturas constam do manifesto contra o reitor
nomeado, que continua circulando na universidade.
Das 47 unidades da UFRJ, 40 já
se manifestaram a favor da renúncia de Vilhena, e apenas um dos
seis decanos (diretores de centros)
ainda apóia o reitor.
Em uma reunião feita ontem no
Coppe (Instituto Alberto Luiz
Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia), as lideranças do instituto entraram em desacordo -há um grupo que apóia
Vilhena. O professor Alberto Luiz
Coimbra, fundador do Coppe, divulgou ontem uma carta onde diz
estar preocupado pelo fato de a direção do Coppe estar em "desarmonia com a comunidade".
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|