|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Proprietário diz que mentiu para evitar prejuízo
DA REPORTAGEM LOCAL
O proprietário do estacionamento Stop Bem, Renato
Santos, afirmou ontem ter
mentido em seu depoimento
à polícia para que a sua empresa não tivesse de ressarcir
o proprietário do veículo.
O automóvel foi levado por
um de seus manobristas e
utilizado no seqüestro da reportagem da Globo. Depois
disso, foi localizado queimado na capital paulista.
"Fizemos o boletim como
roubo. O crime foi de um jeito, mas foi comunicado de
outro jeito. Fiz isso para que
o cliente que teve o carro
queimado fosse indenizado
pelo seguro. O seguro é só para roubo e não furto", falou
Santos à Folha.
O proprietário do estacionamento decidiu mudar o
seu depoimento após o manobrista que alegou ter sido
roubado entrar em contradição em seu depoimento à polícia. Chamado novamente a
depor, Santos acabou revelando que mentiu para que o
seguro fosse acionado -caso
contrário, o estabelecimento
teria de pagar todo o prejuízo com o furto.
"Eu não ia adivinhar que
fossem usar o carro para seqüestro", disse o dono do estacionamento. Ele afirma
não ter acionado o seguro.
De acordo com Santos, o
manobrista Luciano José da
Silva, acusado pela polícia de
envolvimento no seqüestro,
havia sido contratado dois
dias antes de furtar o carro.
"Nem cópia dos seus documentos nós tínhamos. Quem
o trouxe foi um encarregado
meu. Falou que ele já tinha
trabalhado em outros estacionamentos", afirmou.
Texto Anterior: Surge nova pista no seqüestro de repórter Próximo Texto: Casas de 2 agentes penitenciários de Presidente Prudente são atacadas Índice
|