São Paulo, terça-feira, 22 de agosto de 2006

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Ameaça não é levada a sério, diz psiquiatra

DA REPORTAGEM LOCAL

O médico Arthur Kaufman, do departamento de psiquiatria da USP (Universidade de São Paulo), diz que é comum que as pessoas não acreditem em ameaças de assassinato ou suicídio.
Segundo ele, quando isso ocorre, a pessoa mais próxima (no caso, a mãe dos meninos mortos) deve procurar orientação de terceiros para decidir o que fazer. Nem sempre o melhor caminho é ir à polícia: "Talvez ela devesse ter se aconselhado, buscado ajuda."
O médico afirma que se deve sempre acreditar que a ameaça pode se concretizar. "As pessoas não levam as ameaças tão a sério quanto deveriam. Conheço casos semelhantes".
De acordo com o psiquiatra, trata-se do chamado "homicídio piedoso", em que o pai mata os filhos para que a prole não permaneça "em um mundo tão ruim". Em razão disso, o pai assassina os filhos e depois se mata.
Para Kaufman, o pai enxerga o assassinato dos próprios filhos como um ato de amor, e não de ódio, e acredita que seus descendentes não teriam uma vida feliz.
"O pai, nesses casos, quer poupar os filhos do dissabor da vida que teriam pela frente", afirma.


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