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Ameaça não é
levada a sério,
diz psiquiatra
DA REPORTAGEM LOCAL
O médico Arthur Kaufman, do departamento de
psiquiatria da USP (Universidade de São Paulo), diz que
é comum que as pessoas não
acreditem em ameaças de assassinato ou suicídio.
Segundo ele, quando isso
ocorre, a pessoa mais próxima (no caso, a mãe dos meninos mortos) deve procurar
orientação de terceiros para
decidir o que fazer. Nem
sempre o melhor caminho é
ir à polícia: "Talvez ela devesse ter se aconselhado,
buscado ajuda."
O médico afirma que se deve sempre acreditar que a
ameaça pode se concretizar.
"As pessoas não levam as
ameaças tão a sério quanto
deveriam. Conheço casos semelhantes".
De acordo com o psiquiatra, trata-se do chamado
"homicídio piedoso", em que
o pai mata os filhos para que
a prole não permaneça "em
um mundo tão ruim". Em razão disso, o pai assassina os
filhos e depois se mata.
Para Kaufman, o pai enxerga o assassinato dos próprios filhos como um ato de
amor, e não de ódio, e acredita que seus descendentes
não teriam uma vida feliz.
"O pai, nesses casos, quer
poupar os filhos do dissabor
da vida que teriam pela frente", afirma.
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