São Paulo, terça-feira, 22 de agosto de 2006

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Juíza é baleada por ladrões em São Paulo

Sônia Aparecido Gindro buscava os filhos numa festa na zona leste quando foi abordada por 2 assaltantes

DO "AGORA"
DA REDAÇÃO

A juíza do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª região, em São Paulo, Sônia Aparecido Gindro, 48, foi baleada na perna direita durante um roubo anteontem à noite, no Tatuapé (zona leste de São Paulo). Segundo o boletim de ocorrência, Gindro -que não corre risco de morte- foi ferida sem ter reagido.
De acordo com a polícia, a juíza buscava os dois filhos, de 10 e 12 anos, em uma festa, às 23h de anteontem, no largo São José do Maranhão.
Dois criminosos se aproximaram quando ela fechava a porta do veículo, um Vectra. Um deles, armado e aparentando menos de 20 anos, exigiu que ela saísse do carro. Mesmo tendo obedecido, Gindro foi baleada. Os criminosos fugiram com o carro e pertences da juíza, incluindo a sua bolsa. Ninguém foi preso.
De acordo com testemunhas, os dois bandidos chegaram em um carro com problemas mecânicos e desceram na esquina, a poucos metros da festa. Passaram a observar a movimentação de pais que iam buscar seus filhos.
A juíza chegou sozinha, estacionou o Vectra e foi à entrada do edifício chamar os dois filhos. Ela colocou os meninos dentro do veículo e ficou conversando com uma amiga na portaria. Quando voltou ao carro, foi surpreendida pela dupla de ladrões.
Gindro conseguiu tirar os filhos do banco traseiro do veículo, mas, quando foi pegar sua bolsa, levou um tiro. Rapidamente, os bandidos fugiram com o Vectra dela e a bolsa. "Provavelmente dispararam porque pensaram que ela iria pegar uma arma na bolsa", disse o delegado do José Geraldo Camargo, do 52º DP.

Cirurgia
A amiga que estava no portão do prédio chamou a polícia e uma ambulância. Gindro foi levada para o Hospital Tatuapé, depois foi transferida para o Hospital Paulistano, na Bela Vista (zona sul), onde permanecia na tarde de ontem.
A juíza passou por uma breve cirurgia. A bala atravessou sua perna. Ela deveria receber alta na noite de ontem ou hoje.
Ninguém havia sido preso até as 18h de ontem. "Foi um assalto comum, os ladrões nem sabiam que a vítima era juíza", disse o delegado Camargo, que descartou a possibilidade de atentado.
Conforme o TRT, Gindro é juíza do tribunal desde 1987, quando tomou posse como substituta. Em janeiro deste ano, passou para a segunda instância. Ela foi procurada e não quis falar com a reportagem.


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