São Paulo, quarta-feira, 22 de agosto de 2007

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Para coronéis, reajuste de 25% no Rio é "indigno"
Rafael Andrade/Folha Imagem
Policial simula usar bengala como se fosse arma em ato que, segundo a PM, reuniu 800 pessoas


DA SUCURSAL DO RIO

O reajuste de 25% em 24 vezes oferecido pelo governador do Rio, Sérgio Cabral, gerou indignação entre coronéis da PM (Polícia Militar).
Dois grupos de oficiais têm distribuído manifestos contra o aumento, descrito como "indigno". Apesar do tom duro, o comandante-geral da PM, Ubiratan Ângelo, não punirá ninguém, segundo sua assessoria.
Ontem, 44 dos 68 coronéis da ativa (65%) assinaram carta de protesto, entre os quais o chefe-de-gabinete do Comando Geral, Antonio Camilo Branco de Faria, o corregedor Luis Carlos Castanheira -da Corregedoria Geral Unificada-, além de 11 diretores.
O manifesto é intitulado "Dignidade ainda que Tardia" e pede que Cabral reabra a discussão sobre o reajuste. Segundo cálculo dos policiais, um soldado receberá aumento mensal de R$ 8 nos próximos 24 meses. "Exigir que um soldado da Polícia Militar arrisque a vida com essa expectativa de reajuste é crer no impossível", diz o texto.
Oficiais ouvidos pela Folha consideram que o comando não deve estabelecer sanções aos manifestantes a não ser que os coronéis violem de forma flagrante a disciplina.

Greve
Servidores públicos da área de saúde, educação e segurança fizeram ontem uma passeata pela zona sul e central do Rio contra o aumento proposto pelo governo. Segundo a PM, 800 pessoas participaram. Para os organizadores, foram 1.500.
Após a recusa do governo em receber os manifestantes, o sindicato dos professores estaduais convocou greve por tempo indeterminado. Já a paralisação dos policiais civis deve terminar hoje -amanhã será realizada assembléia para definir sua continuidade ou não.

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