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Para coronéis, reajuste de 25% no Rio é "indigno"
Rafael Andrade/Folha Imagem
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Policial simula usar bengala como se fosse arma em ato que, segundo a PM, reuniu 800 pessoas |
DA SUCURSAL DO RIO
O reajuste de 25% em 24 vezes oferecido pelo governador
do Rio, Sérgio Cabral, gerou indignação entre coronéis da PM
(Polícia Militar).
Dois grupos de oficiais têm
distribuído manifestos contra o
aumento, descrito como "indigno". Apesar do tom duro, o
comandante-geral da PM, Ubiratan Ângelo, não punirá ninguém, segundo sua assessoria.
Ontem, 44 dos 68 coronéis da
ativa (65%) assinaram carta de
protesto, entre os quais o chefe-de-gabinete do Comando
Geral, Antonio Camilo Branco
de Faria, o corregedor Luis
Carlos Castanheira -da Corregedoria Geral Unificada-,
além de 11 diretores.
O manifesto é intitulado
"Dignidade ainda que Tardia" e
pede que Cabral reabra a discussão sobre o reajuste. Segundo cálculo dos policiais, um soldado receberá aumento mensal
de R$ 8 nos próximos 24 meses.
"Exigir que um soldado da Polícia Militar arrisque a vida com
essa expectativa de reajuste é
crer no impossível", diz o texto.
Oficiais ouvidos pela Folha
consideram que o comando
não deve estabelecer sanções
aos manifestantes a não ser
que os coronéis violem de forma flagrante a disciplina.
Greve
Servidores públicos da área
de saúde, educação e segurança
fizeram ontem uma passeata
pela zona sul e central do Rio
contra o aumento proposto pelo governo. Segundo a PM, 800
pessoas participaram. Para os
organizadores, foram 1.500.
Após a recusa do governo em
receber os manifestantes, o sindicato dos professores estaduais convocou greve por tempo indeterminado. Já a paralisação dos policiais civis deve
terminar hoje -amanhã será
realizada assembléia para definir sua continuidade ou não.
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