da Reportagem Local

O prefeito Celso Pitta entregou ontem 340 apartamentos do projeto Cingapura, em São Mateus (zona leste de SP). Ele promete mais 3.000 apartamentos até dezembro.
"Além disso, na próxima segunda-feira vou assinar um novo contrato para mais 5.400 unidades."
O prefeito não quis comentar sobre outros projetos, como os mutirões e os conjuntos habitacionais. Mas o próprio secretário da Habitação, Lair Krahenbul, admite que há atraso nas obras em decorrência da crise financeira municipal.
É o caso do Procav, por exemplo, um projeto que retira famílias de áreas de risco e as transfere para conjuntos de casas.
"Estou fazendo menos do que eu gostaria e do que a Secretaria da Habitação pode fazer", disse. O orçamento da secretaria é superior a R$ 600 milhões. Apenas para o projeto Cingapura estão previstos cerca de R$ 450 milhões.
Apesar de garantir que os recursos do Cingapura são "intocáveis", a prefeitura tirou anteontem R$ 635 mil do projeto para pagar despesas de condomínio da sede da Secretaria da Habitação.
Além disso, abriu o caixa ontem para aumentar os valores contratados junto às construtoras.
Para a empresa Engeform, por exemplo, responsável pela construção do conjunto habitacional City Jaraguá (zona norte), que está com as obras paralisadas, foram pagos R$ 875 mil.
A Bureau recebeu R$ 528 mil para o Cingapura e R$ 291 para os conjuntos habitacionais. Para a Camargo Corrêa, foram liberados R$ 435 mil, sendo R$ 315 mil para o pagamento de serviços prestados e R$ 120 mil de reajuste. A Construbase recebeu R$ 327 mil.
Na Secretaria da Habitação, a informação transmitida é que o remanejamento interno de verbas é um procedimento normal.
"O dinheiro sai de um bolso para outro dentro da própria secretaria", exemplificou Krahenbuhl.
Quanto ao pagamento às empreiteiras, a assessoria de imprensa da secretaria também explicou se tratar de ato previsto. (MRH)



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