São Paulo, Quarta-feira, 22 de Setembro de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Menores estariam melhor no zoológico, afirma presidente

da Reportagem Local

O novo presidente da Febem, Guido Andrade, afirmou ontem que, "talvez no zoológico os menores seriam mais bem tratados do que na entidade".
Também afirmou que o último concurso público para monitores da Febem contratou "trogloditas" para cuidar dos menores.
As afirmações foram feitas durante reunião com a Comissão de Promoção Social da Assembléia Legislativa de São Paulo.
Após a reunião, o presidente da Febem tentou amenizar as afirmações em entrevista coletiva.
Segundo Andrade, as frases foram apenas "força de expressão". No caso do zoológico, a expressão foi usada, segundo ele, para ilustrar que a vida na Febem é difícil.
Sobre os funcionários, Andrade disse que o concurso foi inadequado e que "evidentemente poderiam haver funcionários como os mostrados pela televisão", referindo-se a imagens feitas por cinegrafistas de monitores agredindo internos.
O novo presidente afirmou que pretende resolver os problemas da Febem (rebeliões e superlotação) dentro de dois anos. Andrade disse que estuda a possibilidade de encaminhar os menores que cometeram crimes gravíssimos (homicídio e latrocínio) para o Centro de Observação Criminológica, no Carandiru (zona norte de SP), desde que os adolescentes continuem sendo acompanhados por monitores da Febem.
Ontem uma comissão formada por cinco deputados federais e três deputados estaduais vistoriou as unidades Imigrantes e Tatuapé da Febem.
No final da tarde, eles se encontraram com o governador Mário Covas e pediram empenho do governo para implantar um programa de descentralização da Febem, por meio da construção de unidades menores na Grande São Paulo e no interior do Estado.


Texto Anterior: Superlotação continuará, diz secretária
Próximo Texto: Saúde: FHC admite reajustar tabela do SUS
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.