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Menores estariam melhor no zoológico, afirma presidente
da Reportagem Local
O novo presidente da Febem,
Guido Andrade, afirmou ontem
que, "talvez no zoológico os menores seriam mais bem tratados
do que na entidade".
Também afirmou que o último
concurso público para monitores
da Febem contratou "trogloditas"
para cuidar dos menores.
As afirmações foram feitas durante reunião com a Comissão de
Promoção Social da Assembléia
Legislativa de São Paulo.
Após a reunião, o presidente da
Febem tentou amenizar as afirmações em entrevista coletiva.
Segundo Andrade, as frases foram apenas "força de expressão".
No caso do zoológico, a expressão
foi usada, segundo ele, para ilustrar que a vida na Febem é difícil.
Sobre os funcionários, Andrade
disse que o concurso foi inadequado e que "evidentemente poderiam haver funcionários como
os mostrados pela televisão", referindo-se a imagens feitas por cinegrafistas de monitores agredindo internos.
O novo presidente afirmou que
pretende resolver os problemas
da Febem (rebeliões e superlotação) dentro de dois anos. Andrade disse que estuda a possibilidade de encaminhar os menores
que cometeram crimes gravíssimos (homicídio e latrocínio) para
o Centro de Observação Criminológica, no Carandiru (zona norte
de SP), desde que os adolescentes
continuem sendo acompanhados
por monitores da Febem.
Ontem uma comissão formada
por cinco deputados federais e
três deputados estaduais vistoriou as unidades Imigrantes e Tatuapé da Febem.
No final da tarde, eles se encontraram com o governador Mário
Covas e pediram empenho do governo para implantar um programa de descentralização da Febem, por meio da construção de
unidades menores na Grande São
Paulo e no interior do Estado.
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