São Paulo, sábado, 22 de setembro de 2007

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Estagnação na década de 60 afastou público

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com a biblioteca fechada por 18 meses, quem mais vai sofrer são os sem-teto -maioria entre as 500 pessoas que freqüentavam o local por dia.
"O pessoal de albergue passa o dia lendo jornal, mas não incomoda", diz uma funcionária, apontando os cobertores nas grades da biblioteca.
O que afastou o público pesquisador do acervo da Mário de Andrade? "Ela ficou parada na década de 60, parou de investir e as pessoas foram procurar nas universitárias", diz a coordenadora do Sistema Municipal de Bibliotecas, Maria Zenita Monteiro.
"Enquanto as universitárias cresceram, pela proximidade com as pós-graduações, a Mário de Andrade minguou", concorda a diretora do IEB (Instituto de Estudos Brasileiros) da USP, Ana Lucia Lanna.
Ainda hoje o segundo maior acervo de livros do Brasil, atrás da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, a Mário de Andrade teve seu apogeu entre 1940 e 1950 -quando o geógrafo Aziz Ab'Saber, 82, professor emérito da USP, passava sábados e domingos estudando com Florestan Fernandes e intelectuais.
"Hoje a Mário de Andrade ficou à margem do interesse de muita gente", diz Ab'Saber.


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