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OUTRO LADO
Secretaria vai instaurar sindicância contra diretores
da Reportagem Local
O secretário-adjunto de Estado
da Educação, Hubert Alqueres,
disse ontem que as escolas estaduais que dispensaram mais cedo
os alunos temendo ameaças do
toque de recolher terão de responder a uma sindicância que será aberta para apurar o caso.
"Vou me informar sobre o que
está acontecendo, mas, se os alunos perderam aulas, as escolas terão de repor. Esse caso merece
um processo administrativo contra os diretores", diz.
De acordo com Alqueres, as escolas são obrigadas a pedir autorização da secretaria para suspender as aulas.
Em relação à situação de ameaças, ele afirma que as escolas têm
obrigação de comunicar a secretaria para que sejam tomadas atitudes. "Temos que estar a par de
uma situação como essa porque
cabe a nós acionar a Secretaria de
Segurança Pública para uma ação
conjunta", diz. "Dispensar os alunos não resolve a situação."
Anteontem à noite, a reportagem havia entrado em contato
com a assessoria de imprensa da
secretaria, que confirmou que pelo menos três escolas tinham dispensado os alunos mais cedo.
Segundo a assessoria de imprensa, as escolas teriam tomado
essa atitude para atender solicitações de vários pais de alunos que
estavam com medo de desobedecer o toque de recolher.
A Secretaria Municipal da Educação informou que desconhecia
o caso e, após checagem, afirmou
que os diretores das escolas municipais da região negaram a existência do toque de recolher.
Apesar dessa afirmação, professores e funcionários da Escola
Municipal Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior declararam à reportagem que os alunos foram
dispensados mais cedo.
Segurança Pública
O secretário-adjunto da Segurança Pública, Mário Papaterra
Limongi, foi informado sobre a
situação em Heliópolis pela reportagem, no final da tarde de ontem. "Vou imediatamente ligar
para o delegado-geral para me informar", disse. "Vamos apurar,
porque essa situação é de uma
gravidade extrema."
O secretário-adjunto informou
que vai solicitar a intensificação
do policiamento no local. "Uma
vez verificada a veracidade da informação, vamos trabalhar para
identificar as pessoas que estão
impondo esse terrorismo e instaurar inquérito."
A Polícia Militar informou que
já vem realizando operações no
bairro e que não houve confronto
recente com os traficantes. A PM
nega que a situação esteja fora de
controle
(PL, AS e GG).
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