|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Eles apareceram do nada", afirma testemunha
DA REPORTAGEM LOCAL
"Eles apareceram do nada,
sem motivo, armados de faca,
paus e pedras. A gente não entendeu nada", resume o mecânico Eduardo Forastieri Nieri,
18, ao narrar, ainda assustado,
as agressões ao amigo Guilherme Witiuk Ferreira de Carvalho, 17, anteontem à noite.
Nieri conta que ele, Carvalho
e outros três amigos caminhavam pela calçada em frente à
sede da Rota (Ronda Ostensivas Tobias de Aguiar), da Polícia Militar. Carvalho atendeu o
celular e ficou para trás.
Nesse momento, o adolescente foi atacado. "Não falaram
nada. Quando olhei para trás,
eu vi o Guilherme [Carvalho]
correndo. Tentamos ajudá-lo,
mas aí veio mais um grupo, que
partiu para cima da gente também", lembra ele.
O mecânico afirma que os
agressores eram todos punks.
"Usavam cabelo espetado, coturno, roupa rasgada. Tudo
punk", descreveu.
Segundo Nieri, Carvalho ainda conseguiu correr, atravessou a avenida Tiradentes, mas
foi perseguido e pego. "Bateram nele para valer. Até as mulheres ajudaram a bater", diz.
Nieri afirma que o grupo passou no local por acaso, em direção à casa de um amigo. "Nas
outras vezes, fomos de ônibus.
Desta vez, usamos o metrô para
tentar ir mais rápido."
Segundo ele, o amigo nunca
gostou de grupos extremistas.
"Ele sempre foi contra essas
coisas. Ele não tinha amizade
com esse tipo de gente."
Texto Anterior: Jovens se recusam a falar do caso; prisão surpreende famílias Próximo Texto: "Novos punks" ignoram ideologia, diz escritor Índice
|