São Paulo, segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

"Eles apareceram do nada", afirma testemunha

DA REPORTAGEM LOCAL

"Eles apareceram do nada, sem motivo, armados de faca, paus e pedras. A gente não entendeu nada", resume o mecânico Eduardo Forastieri Nieri, 18, ao narrar, ainda assustado, as agressões ao amigo Guilherme Witiuk Ferreira de Carvalho, 17, anteontem à noite.
Nieri conta que ele, Carvalho e outros três amigos caminhavam pela calçada em frente à sede da Rota (Ronda Ostensivas Tobias de Aguiar), da Polícia Militar. Carvalho atendeu o celular e ficou para trás.
Nesse momento, o adolescente foi atacado. "Não falaram nada. Quando olhei para trás, eu vi o Guilherme [Carvalho] correndo. Tentamos ajudá-lo, mas aí veio mais um grupo, que partiu para cima da gente também", lembra ele.
O mecânico afirma que os agressores eram todos punks. "Usavam cabelo espetado, coturno, roupa rasgada. Tudo punk", descreveu.
Segundo Nieri, Carvalho ainda conseguiu correr, atravessou a avenida Tiradentes, mas foi perseguido e pego. "Bateram nele para valer. Até as mulheres ajudaram a bater", diz.
Nieri afirma que o grupo passou no local por acaso, em direção à casa de um amigo. "Nas outras vezes, fomos de ônibus. Desta vez, usamos o metrô para tentar ir mais rápido."
Segundo ele, o amigo nunca gostou de grupos extremistas. "Ele sempre foi contra essas coisas. Ele não tinha amizade com esse tipo de gente."


Texto Anterior: Jovens se recusam a falar do caso; prisão surpreende famílias
Próximo Texto: "Novos punks" ignoram ideologia, diz escritor
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.