São Paulo, sábado, 22 de outubro de 2011

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Enem começa hoje para 5,4 milhões de estudantes

Nota do exame vale para mais de 260 mil vagas no ensino superior em 2012

Avaliação federal ajuda aluno a ingressar em universidades federais e conseguir bolsas pelo programa Prouni

DE SÃO PAULO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA


Com 5,4 milhões de inscritos (o maior número da história), as provas da edição 2011 do Enem começam hoje e valerão na seleção de mais de 260 mil vagas no ensino superior no ano que vem.
Terão também forte importância política, uma vez que o ministro da Educação, Fernando Haddad, mentor da ampliação do exame, busca se viabilizar como candidato a prefeito da capital paulista no próximo ano.
Se problemas dos últimos anos no Enem se repetirem, como vazamentos ou provas erradas, o petista ficará enfraquecido na disputa.
O Enem é utilizado em processos seletivos de universidades federais.
A estudante Amanda Gutierrez, 18, vai disputar uma vaga em cinema da Universidade Federal de Santa Catarina com a ajuda do Enem. É a segunda vez que ela faz a prova, e diz estar mais preparada agora. "Minha maior dificuldade é em física e matemática", afirma.
De acordo com levantamento feito pela Folha, a prova será considerada na seleção de ao menos 105 mil universitários.
As instituições federais usam a prova de diferentes modos: como única forma de seleção ou mecanismo complementar ao vestibular.
Nesse número não estão consideradas as vagas disponíveis nos institutos federais, que oferecem formação superior tecnológica, que também utilizam a prova. O Ministério da Educação ainda não tabulou esses dados.
A avaliação também escolhe os bolsistas em instituições privadas via Prouni.
Considerando as últimas edições do programa, deverão estar disponíveis no primeiro semestre do ano que vem cerca de 160 mil bolsas -quantidade aproximada de 2010 e deste ano.
Somando as vagas nas universidades federais e no Prouni, significa que o Enem influenciará em ao menos 10% dos novos postos a serem oferecidos no ensino superior do país em 2012.
Na tentativa de reduzir problemas no exame, o Inep (instituto do MEC que aplica o Enem) contratou empresa de gerenciamento e avaliação de risco, que acompanhou processos como a logística de distribuição das provas.
O Inmetro também foi contratado para acompanhar a impressão e a distribuição dos cadernos de provas. Mesmo com o novo aparato, o Inep alterou dez locais de prova que estavam sem condições de uso.
(FÁBIO TAKAHASHI E RAFAEL SAMPAIO)


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