São Paulo, quinta, 22 de outubro de 1998

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'Ele tinha medo de levar presos'

da Reportagem Local

Policial civil havia 16 anos, Mauro Aparecido Gomes, 39, morto ontem por presos que transportava, tinha medo de fazer esse tipo de serviço, segundo o sogro, Osvaldo Malagoli, 72.
"Para ele, tudo era moleza. Não era violência. Mas ele tinha medo, principalmente dessa história de levar preso para lá e para cá", disse Malagoli no IML (Instituto Médico Legal).
Sua filha, Suzy Elaine Malagoli Gomes, mulher do policial, deprimida, não quis dar entrevistas.
Pai de um adolescente de 13 anos, Gomes estava no 14º DP (Pinheiros) desde maio e era formado em direito. Segundo colegas do policial que viram Mauro e Willian antes de saírem para a última missão, os dois teriam dito que o serviço era rápido e que voltariam cedo para a delegacia.
O velório do policial estava previsto para começar às 20h de ontem na Academia da Polícia Civil, na Cidade Universitária (zona sudoeste de São Paulo). Até as 18h, a família não havia decidido se sepultaria ou cremaria o policial.
Ainda ontem, no IML, Deodênio José Santos da Silva, 24, usando um uniforme falso do GOE, chegou ao IML dizendo que queria a liberação do corpo. Silva, que tem passagem por furto, foi levado para o 14º DP.



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