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TENSÃO
Preso apontou arma contra a cabeça
Reféns impediram suicídio de fugitivo
da Reportagem Local
O momento de maior tensão
durante o sequestro foi quando
o preso Paulo Mendes das Neves, que liderou a ação, atirou
numa parede, apontou a arma
para a própria cabeça e ameaçou
se matar.
"Nós estávamos confiantes de
que não ia nos acontecer nada,
mas nesse momento vimos que o
Paulo estava descontrolado e poderia fazer qualquer coisa", diz
o auxiliar administrativo Giovano Oliveira Guimarães, 26, que
junto com outros reféns evitou o
suicídio do preso.
Entre os cinco reféns que ficaram em poder de Paulo, Guimarães, que serviu de escudo para
os presos durante as negociações
e foi o último a ser libertado, era
o mais calmo.
"Ele é um rapaz bom, só está
equivocado, no lugar errado",
chega a dizer Guimarães enquanto descreve as cerca de duas
horas que duraram as negociações com a polícia.
Além de Guimarães, havia três
pessoas na sede distrital da Associação Comercial de São Paulo,
em Pinheiros, quando os dois
presos entraram no local: Sueli
Seixas Salgado dos Santos, 42,
contadora da associação, o representante comercial Marcos
Antonio Sotello, 34, e uma quarta pessoa identificada apenas como Maria Augusta.
A funcionária da Associação
Comercial Aparecida Ribeiro
Miranda, 58, mora nos fundos
do prédio. Ela havia saído de manhã e foi tomada como refém ao
retornar por volta do meio-dia.
Os presos foram libertados aos
poucos. Marcos Sotello foi o primeiro a ser libertado, às 13h40,
por apresentar problemas cardíacos. Por volta de 14h15, Aparecida Miranda, que passou mal
com problemas de pressão, foi
libertada junto com Sueli Santos, que saiu desmaiada, carregada por policiais. Às 15h10, Maria Augusta foi libertada. Às
15h20, foi libertado o último refém, Giovano Guimarães.
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