|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TJ mantém prisão de promotor acusado de assassinar a mulher
CRISPIM ALVES
da Reportagem Local
O TJ-SP (Tribunal de Justiça de
São Paulo) manteve ontem, por 18
votos a 7, a prisão preventiva do
promotor Igor Ferreira da Silva,
acusado de matar a advogada Patrícia Aggio Longo, sua mulher.
Foi a segunda vez que o advogado de defesa do promotor, Márcio
Thomaz Bastos, tentou revogar,
em vão, a prisão de seu cliente.
Com a nova negativa, Bastos decidiu impetrar, na próxima segunda-feira, um pedido de habeas
corpus no STF (Supremo Tribunal
Federal), em Brasília.
Igor está preso, desde o último
dia 7, em um quarto no batalhão
da cavalaria da Polícia Militar de
São Paulo, no bairro da Luz (região central). O promotor sustenta
que tem sido vítima de uma armação. Ele nega, veementemente,
que tenha tido qualquer envolvimento no assassinato da mulher.
O promotor foi preso após a
Procuradoria Geral de Justiça descobrir que os advogados Eger e Iudi Ferreira da Silva, irmãos de
Igor, teriam pago a um preso (Genivaldo Ramos) para assumir a
responsabilidade pela morte de
Patrícia. O procurador-geral, Luiz
Antonio Guimarães Marrey, entendeu que Igor, com a atitude dos
irmãos, estava atrapalhando o andamento das investigações.
Ana Lúcia Ferreira Leite, mulher
de Ramos, será ouvida amanhã
pelo desembargador Domingos
Franciulli Netto a respeito do assunto. Segundo informações de
Marrey, ela participou das negociações com o preso e chegou a receber parte do pagamento.
Patrícia foi assassinada, com
dois tiros na cabeça, em junho,
perto da entrada de um condomínio fechado em Atibaia. No dia 29,
Franciulli Netto vai interrogar, no
Fórum de Atibaia, sete testemunhas de acusação do caso, entre
eles o delegado Fernão Dias da Silva Leme, um ex-amigo de Igor que
foi o primeiro a apurar o caso.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|