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BARBARA GANCIA
Daslu fica onde está
Nossa cara prefeita Marta
Suplisimpson (ela não está
cada dia mais parecida com a Liza de "Os Simpsons"?) fez com
que eu realizasse um sonho de todo colunista.
Há duas semanas, chamei a
atenção da prefeita para o fato de
que não basta só participar de parada gay, é preciso agir. E citei como exemplo o caso da Previdência municipal, que já reconhece os
direitos dos companheiros homossexuais de servidores públicos
em cidades como Recife e Porto
Alegre, mas necas em São Paulo.
Pois não é que, na semana passada, o Iprem (Instituto de Previdência Municipal) divulgou nota
dizendo que o direito passará a
valer também em Sampa? Quisera as coisas funcionassem sempre
dessa maneira. A gente chama a
atenção na coluna para medidas
que devem ser postas em prática e
pimba!, o sonho vira realidade.
Palmas para dona Marta, os
servidores homossexuais de São
Paulo agradecem. Mas e outras
questões de solução igualmente
prosaica que não saem do papel?
Nossa querida prefeita diz publicamente que vai respeitar a lei
e fechar as portas da Daslu, um
minishopping center que vende
desde coleiras de cachorro até
imóveis de luxo e está instalado
em uma área residencial. Mas, na
prática, nada acontece.
Na modestíssima opinião de
quem mora ao lado do infernal
parque do Povo, no Itaim Bibi,
não sei o que a turma da Vila Nova Conceição tanto reclama. Próximo à Daslu existe uma escola, a
Lourenço Castanho, que deve
causar o mesmo transtorno que a
megaloja, mas ninguém pensa
em tirá-la de lá. Os moradores teimam em encrencar com os 40 mil
automóveis/mês que calculam ser trazidos ao bairro pela Daslu.
Eles dizem que são cerca de 200
automóveis/dia de funcionários e
mais mil de clientes.
Semanas atrás, a prefeitura fechou a Daslu. Outro empreendimento, a cosméticos Ox, instalado
no mesmo bairro, também teve as
portas lacradas. Doce ilusão. A
Ox já está funcionando novamente e a Daslu obteve uma medida cautelar e reabriu as portas,
para a felicidade de Rosane Collor & Cia.
A impressão que se tem é de que
a prefeita está apenas jogando
para a platéia, uma vez que o Plano Diretor prevê que até abril de
2003 cada bairro possa pleitear
suas reivindicações para a nova
lei de zoneamento.
Quer apostar um picolé de limão como o poder econômico falará mais alto e a Daslu continuará onde sempre esteve?
QUALQUER NOTA
Quem escreve o que
quer...
Na quarta, no desfile de Eugênia Fleury, no hotel Unique, dei de cara com uma Hebe Camargo rápida no gatilho: "Você falou mal do meu
selinho, não falou, Barbara?
Então tome!" e me tascou um
beijo na boca. Alô, Hebe! Da
próxima vez, ponho minha
língua inteira na sua goela!
Porca miséria
Atenção morador da Vila
Clementino: não se preocupe. A mulher que anda pelo
bairro com cara de zumbi, falando sozinha, não é a Cuca.
Trata-se de minha tresloucada amiga Bucicleide, que está
inconsolável com o rebaixamento do seu time.
E-mail - barbara@uol.com.br
Internet - www.uol.com.br/barbaragancia/
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