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RIO
Protesto ocorreu após tiroteio com a PM
Moradores tentam fechar Linha Amarela
DA SUCURSAL DO RIO
Moradores da favela Águia de
Ouro (zona norte do Rio) ameaçaram fechar a Linha Amarela
(via expressa que liga as zonas
norte e oeste) no final da noite de
anteontem em protesto contra a
morte de dois supostos traficantes em tiroteio com policiais militares. A PM conseguiu impedir
que os manifestantes ocupassem
as pistas.
Segundo a PM, o confronto começou quando policiais que iniciavam uma incursão na favela foram recebidos a tiros por traficantes que estavam em cima de uma
passarela sobre a via expressa.
De acordo com a versão da PM,
Lucindo Santana, 35, e Leandro
Carlos da Silva, 21, foram baleados no tiroteio e morreram. A PM
informou que os dois integravam
o grupo de traficantes da favela e
que foram apreendidos um revólver, uma pistola, uma granada e
76 trouxinhas de maconha.
Motoristas que estavam no local
na hora do tiroteio retornavam,
com medo de balas perdidas. O
trânsito não foi interrompido.
Após o confronto, os PMs entraram na vizinha favela do Guarda, onde ocorreu um novo tiroteio, mas ninguém ficou ferido.
O comandante do 3º BPM, tenente-coronel Paulo Augusto
Mouzinho, disse que reforçará o
policiamento na Linha Amarela,
no trecho próximo às duas favelas, que são dominadas pela facção ADA (Amigo dos Amigos).
Desde janeiro, ocorreram 16 tiroteios no entroncamento das linhas Amarela e Vermelha.
Rosinha
O futuro secretário de Segurança Pública do Estado do Rio, coronel Josias Quintal, disse ontem
que "a Linha Amarela é uma vergonha para a sociedade carioca",
numa referência aos últimos episódios de violência no local.
A crítica de Quintal foi uma resposta à afirmação do comandante-geral da PM, coronel Francisco
Braz, que disse que os tiroteios só
terminarão quando não houver
mais criminosos no Estado.
Quintal acompanhou a governadora eleita Rosinha Matheus
(PSB) numa reunião com empresários de turismo. Ela anunciou a
criação do Plano Verão a partir de
2 de janeiro. O objetivo é diminuir
a violência no período e, consequentemente, aumentar o fluxo
de turistas. Segundo a Associação
Brasileira da Indústria Hoteleira,
a violência contra o turista no Rio
aumentou 60% neste ano em relação ao mesmo período de 2001,
enquanto as reservas nos hotéis
diminuíram 20%.
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