|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VIOLÊNCIA
Grupo invade condomínio fechado em Taboão da Serra, rende 12 mães e 30 crianças e leva remédios e alimentos
ONG para crianças com câncer é assaltada
DO "AGORA"
Cerca de dez homens invadiram, às 5h30 de ontem, a Associação de Moradores Alto do Monte
Alegre, área residencial fechada
em Taboão da Serra (Grande SP),
e assaltou três casas. Em uma delas funciona um lar de apoio a
crianças com câncer, de onde levaram aparelhos eletrônicos, remédios e alimentos doados.
Segundo vítimas, o grupo chegou em uma picape branca e rendeu dois porteiros. Dois ladrões
mantiveram um deles na guarita.
O outro teve de agir normalmente, abrindo o portão. O resto da
quadrilha se espalhou pelo local.
Cinco homens foram à ONG
(organização não-governamental). Dois ladrões ficaram no térreo com um funcionário rendido
na porta, e os demais foram para
o andar superior, onde havia 30
crianças com câncer e 12 mães.
Segundo R.G.V., 25, uma das
mães, os homens armados exigiam dólares. "Eles nos empurravam e diziam "Aê, truta, fica a
pampa!". Escondi meu filho [três
anos] embaixo de cobertores."
Uma das mães, notando a movimentação, gritou para as crianças e outras mães se trancarem
-elas ocuparam seis quartos, banheiros e a cozinha.
Os ladrões vasculharam o único
quarto que ficou aberto. Depois,
trancaram quatro mães feitas reféns -dois celulares delas foram
roubados- e desceram. No térreo, o grupo roubou sete computadores, uma máquina de xerox e
um aparelho de fax. Os ladrões indagaram sobre um suposto cofre.
Em outra casa, o grupo rendeu a
família da perueira escolar E.P.S.,
28, que mora com a mãe de 44
anos, a avó de 69 e os filhos -nove, seis e cinco anos. "Eles não nos
agrediram. Só um usava capuz.
Pediam dólares e ouro", diz a desempregada G.P.S., mãe da perueira. A quadrilha levou da casa
uma máquina fotográfica, um celular e um aparelho de som.
Na terceira casa, os bandidos
amarraram pés e mãos e amordaçaram um casal, a filha de nove
anos e um parente adulto. Levaram um CD player e um Prêmio
vermelho, abandonado horas depois em Osasco (Grande SP). As
vítimas conseguiram se soltar
porque a caçula, de quatro anos
(única não imobilizada), pegou
uma faca e a entregou à mãe.
Um morador embriagado,
abordado na portaria, reagiu e
acabou recebendo coronhadas.
Segundo Léia Tavares, 51, presidente da associação -onde mora
Israel Luciano (PV), vice-prefeito
da cidade-, há cinco meses um
grupo levou um carro e pertences.
Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Justiça: Procurador vai investigar secretário Índice
|