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São Paulo, sábado, 22 de novembro de 2003

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ABASTECIMENTO

Superintendente afirma que a possibilidade de racionamento no sistema Cantareira é cada vez mais remota"

Dirigente da Sabesp descarta rodízio até março de 2004

MARIANA VIVEIROS
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de o sistema Cantareira estar só com 3% da capacidade, um índice longe de ser confortável, a possibilidade de racionamento de água para os 9 milhões de pessoas por ele atendidas na Grande São Paulo é cada vez mais remota, pelo menos até março de 2004. "Temos a convicção de que vamos passar pelo período de chuva sem necessidade de racionamento", disse à Folha o diretor de Produção e Tecnologia da Sabesp (empresa de saneamento de SP), Antonio Marsiglia Netto. A avaliação é compartilhada pelo superintendente de produção de água da empresa, Paulo Massato.
As explicações para o otimismo são a estabilização do ritmo de queda do Cantareira e a perspectiva de precipitações próximas à média histórica até março. Depois de subir 0,7 ponto percentual por causa das chuvas do início da semana, o sistema caiu 0,2 ponto percentual entre terça e ontem.
Segundo Massato, a contribuição natural do Cantareira (água que chega pela chuva e pelos rios que o formam) está em 35 mil litros por segundo e, como a captação de água para abastecimento foi reduzida de 33 mil litros para cerca de 30 mil litros por segundo, estão "sobrando" 5.000 l/s que ajudam o sistema a se recuperar.
A redução na produção de água foi possível por causa da integração com os sistemas Guarapiranga e Alto Tietê, que estão abastecendo trechos da cidade antes atendidos pelo Cantareira.
Massato explica que as chuvas de outubro, apesar de significativas, não tiveram impacto no Cantareira porque encontraram o solo muito seco e ele acabou agindo como um "mata-borrão". Agora, como a terra já está mais úmida, a água flui com mais rapidez.
"A tendência é que o sistema se mantenha estável até pelo menos meados de dezembro e, depois, comece a encher", sustenta Marsiglia. Massato diz também ser pouco provável que, mesmo em 2004, o Cantareira enfrente cortes no fornecimento de água.
Segundo ele, havendo as chuvas esperadas, o sistema deverá chegar a abril com cerca de 40 bilhões de litros de água armazenados.


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