São Paulo, quinta-feira, 22 de novembro de 2007

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Presos 17 acusados de seqüestrar irmãos

Prisão ocorreu ontem em São Bernardo do Campo (Grande SP); grupo é suspeito de realizar outro seqüestro na cidade

Os seqüestrados, de 20 e 21 anos, ficaram 27 dias em cativeiro e foram liberados na zona leste de São Paulo sem pagamento de resgate

ARTUR RODRIGUES
DO "AGORA"

A polícia prendeu ontem em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo) 17 pessoas acusadas de integrar uma quadrilha de seqüestradores.
O grupo é acusado de seqüestrar dois filhos de um empresário, em julho, na cidade. Até o cachorro da família, um poodle, foi levado. Segundo a polícia, o grupo pretendia assaltar a casa, em busca de um cofre. Como não acharam o que procuravam, os criminosos levaram os filhos do empresário.
Segundo o pai das vítimas, os jovens -de 20 e 21 anos- foram libertados sem pagamento de resgate, após 27 dias, em Sapopemba (zona leste de SP). Os rapazes, segundo a polícia, estão traumatizados e mudaram para outro Estado.
Um deles estava dez quilos mais magro. O cachorro não foi devolvido. "Os criminosos libertaram os reféns porque perceberam que estavam sendo investigados", afirma o delegado Marco Antônio de Paula Santos, titular da Delegacia Seccional de São Bernardo.
Uma mulher, mãe de um dos suspeitos, foi presa porque tinha munição em casa. Outro suspeito cumpria pena em regime semi-aberto.
O mesmo grupo é suspeito pelo seqüestro de uma moça, segundo o delegado Santos.

Outra prisão
Outro acusado de seqüestro, Paulo Fernando Loures de Oliveira, 38, conhecido como "Boy Barriga", foi preso na madrugada de terça. Ele é apontado pela polícia como um dos principais seqüestradores de São Paulo.
Segundo o Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado), ele teria confessado a participação em pelo menos três seqüestros.
Oliveira estava foragido desde 2001, quando foi preso sob acusação de roubo.
De acordo com a polícia, o grupo que Oliveira liderava tem como preferência seqüestrar filhos de empresários. Em um dos casos, em novembro de 2006, o seqüestrado passou 64 dias no cativeiro. Na época, o pai do acusado, Geraldo Souza de Oliveira, 64, foi preso. Ele vigiava a vítima.
O rapaz seqüestrado foi encontrado amordaçado e preso a uma argola fixada na parede.
A polícia afirma que chegou ao suspeito através de uma investigação de roubo de cargas.
Oliveira foi autuado em flagrante por porte ilegal de armas e falsificação de documentos.
Segundo a polícia, ele tinha um revólver calibre 38. O advogado dele não foi localizado.


Colaborou DANIEL RONCAGLIA


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