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Presos 17 acusados de seqüestrar irmãos
Prisão ocorreu ontem em São Bernardo do Campo (Grande SP); grupo é suspeito de realizar outro seqüestro na cidade
Os seqüestrados, de 20 e 21 anos, ficaram 27 dias em cativeiro e foram liberados na zona leste de São Paulo sem pagamento de resgate
ARTUR RODRIGUES
DO "AGORA"
A polícia prendeu ontem em
São Bernardo do Campo (Grande São Paulo) 17 pessoas acusadas de integrar uma quadrilha
de seqüestradores.
O grupo é acusado de seqüestrar dois filhos de um empresário, em julho, na cidade. Até o
cachorro da família, um poodle,
foi levado. Segundo a polícia, o
grupo pretendia assaltar a casa,
em busca de um cofre. Como
não acharam o que procuravam, os criminosos levaram os
filhos do empresário.
Segundo o pai das vítimas, os
jovens -de 20 e 21 anos- foram libertados sem pagamento
de resgate, após 27 dias, em Sapopemba (zona leste de SP).
Os rapazes, segundo a polícia, estão traumatizados e mudaram para outro Estado.
Um deles estava dez quilos
mais magro. O cachorro não foi
devolvido. "Os criminosos libertaram os reféns porque perceberam que estavam sendo investigados", afirma o delegado
Marco Antônio de Paula Santos, titular da Delegacia Seccional de São Bernardo.
Uma mulher, mãe de um dos
suspeitos, foi presa porque tinha munição em casa. Outro
suspeito cumpria pena em regime semi-aberto.
O mesmo grupo é suspeito
pelo seqüestro de uma moça,
segundo o delegado Santos.
Outra prisão
Outro acusado de seqüestro,
Paulo Fernando Loures de Oliveira, 38, conhecido como "Boy
Barriga", foi preso na madrugada de terça. Ele é apontado pela
polícia como um dos principais
seqüestradores de São Paulo.
Segundo o Deic (Departamento de Investigações sobre
Crime Organizado), ele teria
confessado a participação em
pelo menos três seqüestros.
Oliveira estava foragido desde
2001, quando foi preso sob acusação de roubo.
De acordo com a polícia, o
grupo que Oliveira liderava tem
como preferência seqüestrar filhos de empresários.
Em um dos casos, em novembro de 2006, o seqüestrado passou 64 dias no cativeiro. Na
época, o pai do acusado, Geraldo Souza de Oliveira, 64, foi
preso. Ele vigiava a vítima.
O rapaz seqüestrado foi encontrado amordaçado e preso a
uma argola fixada na parede.
A polícia afirma que chegou
ao suspeito através de uma investigação de roubo de cargas.
Oliveira foi autuado em flagrante por porte ilegal de armas
e falsificação de documentos.
Segundo a polícia, ele tinha um
revólver calibre 38. O advogado
dele não foi localizado.
Colaborou DANIEL RONCAGLIA
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