São Paulo, domingo, 22 de dezembro de 2002

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URBANISMO

O edifício faz parte de um plano de expansão da instituição e deve começar a ser construído no próximo ano

FGV quer construir marco arquitetônico

SÉRGIO DURAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Após dois anos de segredo, a Escola de Administração de Empresas de São Paulo (Eaesp), da Fundação Getúlio Vargas, deve começar a construir, no próximo ano, a nova sede da instituição, localizada ao lado da atual, na avenida Nove de Julho (centro). Daqui a dois anos, a FGV comemora o seu cinquentenário.
Projetado pelo escritório Botti Rubin Arquitetos, homenageado recentemente (leia texto nesta página), o prédio deverá se transformar em referência arquitetônica na região da avenida Paulista.
O edifício faz parte de um plano de expansão da FGV, mantido até então em sigilo. Procurado pela Folha, o vice-diretor da instituição, Fernando de Souza Meirelles, disse que não podia detalhá-lo, principalmente no que diz respeito ao orçamento da obra.
Em 2000, a FGV decidiu utilizar o terreno vizinho à faculdade, de 3.383 m2, de sua propriedade, e promoveu um concurso de projetos cujo tema era a criação de um marco arquitetônico na região, já congestionada de referências.
A proposta futurista dos arquitetos Marc Rubin e Alberto Botti se encaixou perfeitamente às ambições da instituição.
Eles propuseram uma construção de 24 pavimentos, envolta por duas persianas de vidro, em forma de asas, que convergem em uma torre de cem metros de altura. Translúcida, essa torre mudará de cor durante o dia e exibirá digitalmente todos os índices econômicos feitos pela fundação.
A torre terá 30 metros a mais de altura em relação ao novo prédio, e foi pensada para ser vista à distância, inclusive da avenida Paulista. A localização da Eaesp (atrás do Masp) facilitará a visualização.
Meirelles afirma que a instituição conseguiu manter seus planos em segredo até que o projeto foi concluído. Ano passado, perspectivas do edifício foram publicadas na revista de arte "Ventura", o que contrariou a diretoria.
"Isso [o prédio" faz parte de uma campanha enorme que iríamos lançar antes das eleições", afirma o vice-diretor, sem revelar nenhum detalhe do plano. O que se pode deduzir do projeto do Botti Rubin é que o número de salas de aula da Eaesp será duplicada após terminada a obra.
O projeto foi aprovado recentemente pela prefeitura. Segundo Marc Rubin, a causa da demora foi o estacionamento de seis pavimentos subterrâneos. Técnicos suspeitavam que o número de vagas influiria negativamente no trânsito da região.
Após quase um ano de debate, concluiu-se que não seria necessário fazer grandes ajustes.


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