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Lotação aumenta preço e metrô tem filas
da Reportagem Local
A greve dos ônibus fez os usuários da zona leste procurarem alternativas de transporte, tendo de
recorrer às peruas para chegar até
as estações de metrô. Na zona sul,
pessoas ficaram presas em congestionamentos provocados por bloqueios dos grevistas.
Alguns perueiros da zona leste
estavam cobrando ontem o dobro
do preço normal. Segundo um deles, que não quis se identificar, o
preço normal é R$ 1, mas ontem
era R$ 2 por causa da greve.
"Estão aproveitando a situação
para nos explorar", disse a costureira Adélia Pereira, 54. Ela mora
em Guaianases e costuma pegar
um ônibus até a estação de metrô
Corinthians-Itaquera, de onde vai
até a estação Bresser e pega uma
perua para ir até a Mooca.
Ontem, ela saiu de casa às 6h,
mas não conseguiu pegar ônibus
nem perua: "Estavam todas lotadas, nem paravam nos pontos".
Adélia voltou para casa e saiu
mais tarde. Às 11h da manhã, ela
ainda estava na fila para comprar
um bilhete de metrô em Itaquera.
"Só vou chegar ao trabalho por
volta das 13h. Normalmente, eu
entro às 8h30", disse ela.
Na zona leste, a greve dos ônibus
provocou filas no metrô. O problema foi maior na estação Corinthians-Itaquera, onde a espera para comprar um bilhete foi de uma
hora, entre 6h30 e 8h30. Cada fila
dos guichês de atendimento chegou a ter mais de 300 pessoas.
O metrô informou que o número de passageiros praticamente
não aumentou e que as filas se formaram porque os usuários não
puderam comprar o bilhete no
ônibus, como de costume.
A vendedora autônoma Sueli
Aparecida Mendes, 28, costuma
levar uma hora e 40 minutos para
ir da Cohab Tiradentes até o centro de São Paulo. Ela pega um ônibus e paga R$ 1 de passagem.
Ontem, ela teve de pegar uma
perua até Guaianases e outra até
Itaquera e ficou 40 minutos na fila
para comprar um bilhete de metrô. O gasto total foi de R$ 3,75.
Na avenida Guarapiranga (zona
sul), milhares de pessoas ficaram
presas em congestionamentos
causados pelos bloqueios dos motoristas. Uma das vítimas foi a estudante Ana Paula da Silva, 16,
moradora do Jardim Nakamura,
que corria o risco de perder o horário da matrícula.
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