UOL


São Paulo, quinta-feira, 23 de janeiro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VIOLÊNCIA

Entidade em SP solicita mudanças à fundação

Sindicâncias da Febem são uma "farsa", afirma comissão da OAB

DA REPORTAGEM LOCAL

A Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP (Ordem dos Advogados do Brasil) afirmou ontem que a comissão processante permanente da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor), responsável pelas sindicâncias da instituição, é uma "farsa" e realiza investigações parciais.
A OAB pediu a reformulação da comissão ao presidente da Febem, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa. Para isso, relatou casos de funcionários que denunciaram espancamentos e que teriam sido perseguidos e demitidos. "São casos do denunciante que virou denunciado. Quem denuncia os abusos acaba fritado. A investigação é parcial", disse o presidente da comissão, João José Sady.
Segundo ele, a OAB tem informações de inúmeros casos, mas só apresentou os dois cujos funcionários envolvidos concordaram em dar publicidade. O primeiro, já denunciado pelo grupo Tortura Nunca Mais, é o de Glaydis Romeo Peccequillo, demitida do complexo Raposo Tavares em 2001. O segundo, mais recente, é o de Milton Sérgio Ribeiro, da Febem de São José do Rio Preto. Ele disse que foi perseguido depois de fazer denúncias de maus-tratos. "Quem denuncia é perseguido. Quem paga é a parte mais fraca."
"Não não quero colocar nenhuma dúvida em relação aos membros da comissão da Febem. Estou reformulando a comissão e vou aumentar o número de profissionais para que tenhamos maior rapidez", disse Costa.
Ele assumiu a Febem no dia 9 e já enfrentou seis rebeliões em Franco da Rocha. Ontem, internos da unidade 25 colocaram fogo nos colchões e começaram um tumulto às 21h, mas não houve reféns. Os funcionários retomaram o controle às 22h30.
O Tribunal de Justiça anulou ontem a decisão do Deij (Departamento de Execuções da Infância e Juventude) que obrigava a Febem a fechar a unidade 30 de Franco da Rocha até março.


Texto Anterior: Polícia Federal prende 52 pessoas em ação contra prostituição infantil
Próximo Texto: Amparo: Cinco detentos fogem de cadeia duas vezes em menos de 24 horas
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.