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VIOLÊNCIA
Entidade em SP solicita mudanças à fundação
Sindicâncias da Febem são uma "farsa", afirma comissão da OAB
DA REPORTAGEM LOCAL
A Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP (Ordem dos Advogados do Brasil) afirmou ontem que a comissão processante
permanente da Febem (Fundação
Estadual do Bem-Estar do Menor), responsável pelas sindicâncias da instituição, é uma "farsa" e
realiza investigações parciais.
A OAB pediu a reformulação da
comissão ao presidente da Febem, Paulo Sérgio de Oliveira e
Costa. Para isso, relatou casos de
funcionários que denunciaram
espancamentos e que teriam sido
perseguidos e demitidos. "São casos do denunciante que virou denunciado. Quem denuncia os
abusos acaba fritado. A investigação é parcial", disse o presidente
da comissão, João José Sady.
Segundo ele, a OAB tem informações de inúmeros casos, mas
só apresentou os dois cujos funcionários envolvidos concordaram em dar publicidade. O primeiro, já denunciado pelo grupo
Tortura Nunca Mais, é o de Glaydis Romeo Peccequillo, demitida
do complexo Raposo Tavares em
2001. O segundo, mais recente, é o
de Milton Sérgio Ribeiro, da Febem de São José do Rio Preto. Ele
disse que foi perseguido depois de
fazer denúncias de maus-tratos.
"Quem denuncia é perseguido.
Quem paga é a parte mais fraca."
"Não não quero colocar nenhuma dúvida em relação aos membros da comissão da Febem. Estou reformulando a comissão e
vou aumentar o número de profissionais para que tenhamos
maior rapidez", disse Costa.
Ele assumiu a Febem no dia 9 e
já enfrentou seis rebeliões em
Franco da Rocha. Ontem, internos da unidade 25 colocaram fogo nos colchões e começaram um
tumulto às 21h, mas não houve reféns. Os funcionários retomaram
o controle às 22h30.
O Tribunal de Justiça anulou
ontem a decisão do Deij (Departamento de Execuções da Infância
e Juventude) que obrigava a Febem a fechar a unidade 30 de
Franco da Rocha até março.
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