da Folha Ribeirão

A Polícia Civil de Ribeirão Preto acredita que os assaltantes possam ter usado um avião para deixar a cidade. No furgão abandonado pelo grupo próximo ao banco, foram deixados latões de querosene, usado como combustível de aeronaves.
O delegado titular do 1º Distrito Policial, Luiz Geraldo Dias, afirma que alguns latões estavam vazios.
"Acredito que pelo menos parte do grupo tenha fugido com uma aeronave levando o dinheiro", disse.
De acordo com a polícia, a hipótese mais provável é que eles tenham utilizado uma pista clandestina para decolar.
Por volta do meio-dia de ontem, o delegado Sérgio Siqueira, do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos), sobrevoou a cidade e canaviais da região por uma hora e meia. Até as 19h, a polícia não tinha pistas do grupo.
Dias afirma que o grupo não deve ser da região.
Os assaltantes não estavam encapuzados, o que facilita o reconhecimento e a elaboração de retratos falados.
O Departamento de Patrimônio da Polícia Civil em São Paulo também vai ajudar nas investigações. Representantes do departamento devem estar em Ribeirão provavelmente a partir de hoje com livros de fotografias de assaltantes de bancos para que os reféns tentem fazer o reconhecimento.
Ontem à tarde, representantes de São Paulo da superintendência do banco e dos departamentos jurídico e de segurança estiveram na delegacia de Ribeirão. Eles não confirmaram o valor roubado e disseram que a quantia ainda estava sendo apurada pela agência.
A proprietária da chácara onde ficaram os reféns, Magda Mariano dos Santos, diz que todos os assaltantes foram educados e se mostraram preocupados com a situação dos reféns. "Eles diziam que deveríamos dormir um pouco. De manhã, antes de saírem para o assalto, mandaram todos tomarem banho", disse.
Segundo ela, ninguém desconfiou que o local servia como cativeiro, pois eles alugam a chácara em finais de semana e feriados e sempre há muitas pessoas no lugar. Magda e o marido, Luiz Carlos, dizem que não vão mais alugar a casa.



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