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São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 2003

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Crise começou com mudança

DA REPORTAGEM LOCAL

As empresas de ônibus Cidade Tiradentes, Santo Amaro e Ibirapuera não eram consideradas viações problemáticas pelo sindicato dos condutores de São Paulo antes de serem repassadas a Leonardo Lassi Capuano e João Tarcísio Borges pela família Constantino.
"Elas eram padrão, não davam dor de cabeça", afirma Geraldo Diniz da Costa, secretário de Assuntos Jurídicos da entidade.
Na Santo Amaro e na Ibirapuera, a crise atingiu seu pico nas duas primeiras semanas de agosto de 2002. Sem a perspectiva de receber os salários e temendo a perda dos empregos, motoristas e cobradores tomaram conta da garagem e assumiram a operação.
A situação da Cidade Tiradentes passou a ser investigada quando a Deatur (delegacia de atendimento ao turista), em 25 de janeiro, apreendeu uma pasta no autódromo de Interlagos. Um bilhete citava: "Próxima empresa que iremos quebrar: Cidade Tiradentes"; "laranja: José Matilde de Arruda".
A polícia descobriu que ela fora vendida para Samy Jaroviski, 73, e que Arruda havia morrido seis meses antes. Jaroviski foi preso nesta semana e, com mais quatro homens, é acusado de integrar uma quadrilha especializada em assumir empresas em dificuldades financeiras, maquiar suas contabilidades e vendê-las a sócios fictícios, obtendo antes empréstimos públicos e privados.


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