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Risco de desabamento interrompe buscas
da Sucursal do Rio
O medo de novos desabamentos
fez os bombeiros suspenderem
ontem o trabalho de busca a eventuais sobreviventes, até que o edifício seja escorado. Eles não chegaram a remover lajes ou escombros do local, apesar de terem
guindastes e aparelhos para captar
sons. Segundo o chefe da Defesa
Civil Municipal, coronel Nilton
Barros, o trabalho seria perigoso
demais até para os bombeiros.
"Dois pilares estão seccionados", disse ele. "Os escombros estão escorando o prédio. Se os tirarmos, pode cair o resto."
Apesar de todas essas dificuldades, cerca de 80 homens do Corpo
de Bombeiros estavam no local do
desabamento até o início da noite
de ontem.
Segundo o tenente-coronel
Francisco Carlos Peçanha Bragança, chefe do Estado-Maior das
Unidades Especializadas do Corpo
de Bombeiros do Rio, eles aguardavam a chegada da empresa para
fazer o escoramento.
A Prefeitura do Rio contratou,
em caráter emergencial, a empresa Estub para fazer o trabalho de
escoramento. Segundo o presidente da Fundação Geo-Rio, Moysés Vibranowsky, havia dificuldades ontem, domingo de Carnaval,
para recrutar pessoas para o trabalho.
"É preciso, primeiro, garantir
condições mínimas de segurança
para o trabalho dos bombeiros",
afirmou ele.
Baseado na sua experiência, Bragança disse que, em se tratando de
desabamentos totais, como o
ocorrido, muito dificilmente haveria alguém vivo.
O tenente-coronel informou que
a remoção do entulho só será feita
caso haja certeza de que há sobreviventes soterrados.
Bragança afirmou que o prédio
que desabou não tinha autorização do Corpo de Bombeiros para
funcionar.
Uma equipe da RioLuz, empresa
municipal responsável pela iluminação pública, chegou ao prédio
por volta das 14h para garantir a
iluminação dos escombros.
O bloco 1 do condomínio Palace
também permanecerá interditado.
Segundo o coronel Barros, nada
indica que também vá desabar,
mas a proximidade e a semelhança
com o que desabou levaram a Defesa Civil Municipal a tomar a precaução.
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