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Prédio não
tinha seguro
ISABEL CLEMENTE
da Sucursal do Rio
No bloco 2 do condomínio Palace, 120 apartamentos de um total de 176 já tinham moradores. Cada
apartamento de dois quartos custava em torno de R$
120 mil.
A moradora do bloco 1
Maria José Resende dos
Santos, 25, disse que o seu
apartamento, de três quartos, estava avaliado em R$
150 mil, aproximadamente.
O valor dos imóveis não inclui o prejuízo estimado
com os bens destruídos nos
apartamentos e carros que
estavam na garagem.
Os moradores do bloco 2
não tiveram tempo de retirar nada do prédio. Na garagem há cerca de 20 carros, alguns deles inteiros.
Dificilmente os bens poderão ser retirados, uma
vez que, na avaliação dos
bombeiros e da Defesa Civil, só escombros seguram
o restante do edifício.
ČO síndico do prédio,
Eduardo Pascoal, disse que
esse tipo de acidente não
estava coberto por nenhuma apólice de seguro.
Ele explicou que, sem o
"Habite-se" (permissão da
prefeitura para a ocupação), o prédio não podia ter
um seguro para sua estrutura.
O deputado federal Ayrton Xerez (PSDB-RJ),
ex-secretário estadual de
Habitação, esteve no local
do desabamento e disse que
o artigo 1.244 do Código Civil atribui à construtora a
responsabilidade por danos
na construção.
A empresária Katia
Abreu, moradora de uma
das coberturas do bloco 1,
disse que entrará na Justiça
contra a construtora na
próxima quinta-feira. Katia
disse que pagava R$ 522
por mês de condomínio.
Ela tentava vender o apartamento sem conseguir sucesso, devido à situação irregular do edifício.
Ela conta que saiu prejudicada do processo de concordata da Mesbla -encerrado no princípio deste
ano- e que por isso precisava vender o imóvel.
A empresária não estava
no prédio na hora do desabamento. Seu marido e sua
filha voltaram para buscar
pertences no apartamento
da família.
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