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CRIME
Avaliação é que houve conivência de agentes do presídio
Fuga de preso do PCC do Carandiru é "revoltante", diz procurador-geral
DA REPORTAGEM LOCAL
Revoltante e inadmissível. Essa
é a avaliação que o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Luiz
Antônio Marrey, faz da fuga de
quatro detentos pela porta da
frente da Penitenciária do Estado,
no Carandiru (zona norte de São
Paulo), na última sexta-feira.
Entre eles estava Alexandre Pires Ferreira, 29, o ET, considerado
um dos líderes do segundo escalão da facção PCC. Dois dos demais fugitivos foram capturados.
Para Marrey, o grupo conseguiu
fugir porque teve a conivência de
agentes penitenciários. "Essa fuga
mostra o poder do dinheiro, o poder que as organizações criminosas têm para corromper os agentes públicos", disse ele ontem, no
primeiro Encontro Operacional
do Ministério Público e das Polícias do Estado de São Paulo.
O secretário da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, que
também esteve no encontro, evitou ser tão enfático em suas declarações. "Instauramos um inquérito policial e vamos checar se houve algum tipo de conivência."
As principais críticas do secretário foram relacionadas à impossibilidade de os detentos prestarem
depoimentos por videoconferência. Os fugitivos estavam na capital para responder a processos.
Ele também defendeu a adoção de
penas mais duras para funcionários coniventes com fugas. A punição para facilitação de fuga é de
um a seis meses de prisão.
A assessoria da Secretaria de
Administração Penitenciária informou, por meio de nota, que a
corregedoria está apurando o caso e que, se for comprovada a participação de funcionários, eles serão exonerados e responderão
criminalmente pelo ato.
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