São Paulo, terça-feira, 23 de março de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SEGURANÇA

Protesto pára investigações e registro de crimes

No RS, policiais civis entram em greve e PMs fazem operação padrão

LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Os servidores da segurança pública no Rio Grande do Sul deflagraram ontem uma greve por tempo indeterminado que conta com a adesão de 70%, segundo o Servipol (Sindicato dos Servidores da Polícia Civil).
Os 30% restantes, segundo o presidente da entidade, Paulo Lucas de Moura, trabalham sob orientação do comando de greve para cumprir o mínimo de presenças exigido pela legislação. Outras entidades ligadas à Polícia Civil falavam em 90%.
Os policiais militares não interromperam o trabalho, mas realizam operação padrão, na qual só fazem policiamento ostensivo os que têm colete à prova de balas, veículos em boas condições e armamentos e munição comprados pelo Estado. A Brigada Militar é impedida por lei de fazer greve.
Os grevistas querem reposição da inflação dos últimos nove anos, reajuste imediato de 28%, gratificação pela dedicação exclusiva e redução das diferenças entre os vencimentos da categoria.
Na capital, flagrantes, casos de homicídio, estupro, ocorrências que envolvam crianças ou jovens e lesões graves ou gravíssimas estão sendo atendidos na área judiciária do Palácio da Polícia.
O governador Germano Rigotto (PMDB) disse que depende de recursos federais para conseguir cumprir os compromissos. Já houve atrasos salariais.
O Rio Grande do Sul tem 5.200 policiais civis, com um salário básico de R$ 365. Na Brigada Militar, que tem 21 mil homens, o salário básico é de R$ 192. Nos dois casos, é feito um acréscimo de 222% do seguro de vida.


Texto Anterior: Crime: Fuga de preso do PCC do Carandiru é "revoltante", diz procurador-geral
Próximo Texto: Jovem de 18 anos é morta e outras cinco pessoas são baleadas em bar
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.