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ADMINISTRAÇÃO
Antonio Marcio Meira Ribeiro, que assume a Secretaria de Obras, responde a acusações de supostas irregularidades
Novo secretário de Pitta responde a 6 ações
MARIO CESAR CARVALHO
da Reportagem Local
O novo secretário de Obras da
Prefeitura de São Paulo, Antonio
Marcio Meira Ribeiro, que assume
hoje às 11h, responde a seis ações
cíveis propostas pelo Ministério
Público por supostas irregularidades administrativas.
Na ação de maior valor, arbitrada em R$ 98,7 milhões, o economista é acusado de contratar funcionários para os pedágios de estradas paulistas sem concurso público, como manda a lei.
Ele é o segundo dos novos secretários do prefeito Celso Pitta (PPB)
a ter o seu nome ligado a irregularidades. O secretário de Vias Públicas, o engenheiro André de Fazio,
já foi condenado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) a pagar
multar por irregularidades que cometeu quando presidiu o Crea
(Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia).
O secretário de Obras teria cometido irregularidades quando esteve na Dersa ( Desenvolvimento
Rodoviário S/ A), empresa que administra rodovias do governo paulista. Ele foi diretor-administrativo
entre maio de 90 e fevereiro de 92.
Em seguida, assumiu a presidência, onde ficou até o final de 93. Em
94, foi secretário de Transportes
do governo Fleury.
A mais recente das ações contra
Meira Ribeiro foi aberta na última
quinta-feira. Em 1991, ele dispensou o processo de licitação para
contratar uma empresa para fazer
o relatório de impacto ambiental
sobre a duplicação de um trecho
da BR-116, que liga São Paulo a Curitiba. O suposto prejuízo que ele
teria causado aos cofres públicos
foi de R$ 1,44 milhão.
Meira Ribeiro alega que contratou a Protan Engenharia para fazer
o relatório de impacto ambiental
no trecho da BR-116 entre Itapecerica e Juquitiba por se tratar de um
caso de "notória especialização".
Segundo o promotor Túlio Tadeu Tavares, a alegação não faz
sentido. "Relatórios de impacto
ambiental são extremamente fáceis de fazer. Qualquer empresa de
consultoria na área de engenharia
poderia fazer", diz.
Para o promotor, seria "uma
burrice administrativa, um contra-senso", exigir notória especialização num relatório exigido em
qualquer obra de porte.
Há também no Ministério Público 13 investigações preliminares
contra Meira Ribeiro. Caso essas
investigações confirmem as supostas irregularidades, o Ministério
Público deve propor novas ações
contra o novo secretário.
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