São Paulo, terça, 23 de março de 1999
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Funcionário entregou resgate

da Agência Folha, em Goiânia

Quem entregou os US$ 300 mil (cerca de R$ 555 mil) aos sequestradores de Wellington de Camargo foi o motoqueiro da pamonharia de Emanuel Camargo, Cristoval de Rodrigues Barros, 23.
A escolha do funcionário da pamonharia -onde Wellington também trabalha como administrador- foi feita pelos próprios sequestradores. "Eles conheciam todo mundo", disse Barros.
Ele contou que levou o dinheiro no baú da moto, onde são acondicionadas as pamonhas para entrega. Com um telefone celular, Barros foi seguindo as orientações dos sequestradores. O resgate foi pago às 21h30 da última sexta-feira.
Barros foi orientado a seguir na direção de Abadia de Goiás, na região metropolitana de Goiânia, sem parar em nenhum lugar. Em Abadia, deveria tomar a direção de Trindade, por uma estrada secundária, sem passar de 30 km/h.
"Eles disseram que na estrada iam jogar uma caixa. Assim que vi a caixa, parei e coloquei o dinheiro dentro dela. Saí com a moto e, pelo retrovisor, vi um homem encapuzado saindo do mato e pegando o dinheiro", disse.
O motoqueiro da pamonharia (lanchonete que vende alimentos feitos com milho) afirmou que teve medo de morrer. "Pensei que iam me matar depois de entregar o dinheiro", afirmou.
O local onde o dinheiro foi deixado é perto da chácara usada como cativeiro e também próximo ao local onde Wellington foi abandonado e encontrado anteontem.


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