São Paulo, terça, 23 de março de 1999
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Primeira noite não foi tranquila

da Agência Folha, em Goiânia

A psicóloga Margarette Romano, que acompanha Wellington de Camargo, disse que ele está assustado com tudo o que aconteceu e também com a repercussão de seu sequestro -assédio da imprensa, da polícia e da população.
Wellington não dormiu bem a primeira noite que passou no Amparo Hospital e Maternidade, onde está internado desde anteontem.
A médica Mirian Davini, da equipe que o atende, disse que o sono ruim está "condicionado ao sono do cativeiro, onde Wellington ficava sempre alerta e preparado para o que pudesse acontecer".
Ele foi trocado de quarto, segundo o advogado e amigo da família Paulo Viana, porque estava "com medo de tiros". A janela do quarto em que estava fica de frente para a rua, e Wellington estava inseguro. Segundo a psicóloga, Wellington ficou "chocado" com a mutilação da sua orelha e, por isso, não quer se olhar no espelho.
Wellington poderá ser submetido à primeira cirurgia para reconstrução da orelha esquerda no final de semana. A recuperação total se dará em até 30 dias.
A médica Mirian Davini afirmou que é conveniente que essa reconstrução aconteça em breve para evitar que a cartilagem fique muito tempo exposta. "É como a fratura exposta de um osso", disse.
Segundo o boletim médico divulgado ontem, Wellington teve melhora no estado geral e está hidratado. Ele deixou a clínica às 19h10 e fará o tratamento psicológico em casa.


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