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Primeira noite não foi tranquila
da Agência Folha, em Goiânia
A psicóloga Margarette Romano,
que acompanha Wellington de Camargo, disse que ele está assustado
com tudo o que aconteceu e também com a repercussão de seu sequestro -assédio da imprensa, da
polícia e da população.
Wellington não dormiu bem a
primeira noite que passou no Amparo Hospital e Maternidade, onde
está internado desde anteontem.
A médica Mirian Davini, da equipe que o atende, disse que o sono
ruim está "condicionado ao sono
do cativeiro, onde Wellington ficava sempre alerta e preparado para
o que pudesse acontecer".
Ele foi trocado de quarto, segundo o advogado e amigo da família
Paulo Viana, porque estava "com
medo de tiros". A janela do quarto
em que estava fica de frente para a
rua, e Wellington estava inseguro.
Segundo a psicóloga, Wellington
ficou "chocado" com a mutilação
da sua orelha e, por isso, não quer
se olhar no espelho.
Wellington poderá ser submetido à primeira cirurgia para reconstrução da orelha esquerda no final
de semana. A recuperação total se
dará em até 30 dias.
A médica Mirian Davini afirmou
que é conveniente que essa reconstrução aconteça em breve para evitar que a cartilagem fique muito
tempo exposta. "É como a fratura
exposta de um osso", disse.
Segundo o boletim médico divulgado ontem, Wellington teve
melhora no estado geral e está hidratado. Ele deixou a clínica às
19h10 e fará o tratamento psicológico em casa.
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