São Paulo, terça, 23 de março de 1999
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OMS combate uso irracional de água

da Reportagem Local

Você fechou bem sua torneira hoje? Essa é uma atitude que pode garantir a água em sua casa pelos próximos anos. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), em 2025, pode haver falta de água em 48 país, atingindo cerca de 1,4 bilhão de pessoas.
O principal motivo é o desperdício do produto hoje. O uso racional da água foi o tema mais abordado ontem, durante o Dia Internacional da Água, definido e organizado pelo OMS.
Documento divulgado pela entidade, afirma que cerca de metade dos países em desenvolvimento experimentam algum tipo de problema com a falta de água hoje.
Diferentemente do que se imaginava, a água não é um recurso inesgotável e segundo especialistas, está diminuindo rapidamente.
"O maior problema enfrentado hoje pelas companhias de abastecimento de água é o desperdício. É uma tecla em que a Sabesp vem batendo há anos, mas o uso da água ainda é inadequado", diz o gerente do Departamento de Controle de Qualidade da Produção Metropolitana da Sabesp, José Roberto Blum.
A Sabesp mantém o Pura (Programa de Uso Racional da Água). O objetivo do programa é orientar o usuário a não desperdiçar o produto.
O sistema metropolitano de abastecimento de água da região metropolitana de São Paulo cuida de dez reservatórios que produzem 63 mil litros de água por segundo.
Para ter uma idéia de quanta água isso representa basta imaginar 63 mil caixas de água domésticas cheias ao mesmo tempo.

Qualidade
"A água oferecida pela Sabesp atende às determinações da OMS. Isso quer dizer que o produto é monitorado para manter a qualidade", diz Blum.
Entre as coisas que são observadas pela Sabesp está a concentração de substâncias na água aceitas sem prejudicar a saúde. "Além disso, a Sabesp acrescenta cloro e flúor à água. O cloro é um bactericida e o flúor combate a incidência de cáries em crianças."
Em dois meses a Sabesp deve ter em funcionamento um programa para evitar que algas interfiram no gosto e no cheiro da água.
É comum, principalmente no verão, a proliferação das algas aumentar. Elas deixam na água gosto ruim e cheiro. "Com o tratamento, isso não volta a acontecer. O tratamento já é feito, mas não atende à necessidade", diz Blum.
O Instituto Adolfo Lutz realiza cerca de 40 análises por mês na qualidade da água de poços, minas e fontes naturais. "O problema mais comum é a contaminação por bactérias. Na água mineral, a infecção é menos comum", diz Anita Scorsasaza, do instituto.


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