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EDUCAÇÃO
Governo quer estimular parcerias entre setores público e privado
FHC defende autonomia e descarta privatização das universidades
da Sucursal de Brasília
O presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu ontem a
"autonomia responsável" para as
universidades públicas e afirmou
que o governo não vai privatizá-las.
"O que não se pode é ter um sistema em que autonomia signifique
fazer o gasto, e o Tesouro pagar,
porque, aí, não é autonomia. É irresponsabilidade", disse.
FHC afirmou que o governo vai
começar a "colher os frutos" do
trabalho realizado para dar autonomia com responsabilidade às
universidades. "Esse é o passo que
vamos dar daqui para a frente",
afirmou FHC, em discurso no Palácio do Planalto.
O Ministério da Educação está
elaborando um projeto de lei sobre
a autonomia de gestão, o orçamento global e o regime de carreiras
próprio para as universidades federais. O ministro considera que
não é mais necessária uma emenda
constitucional nesse sentido após
a aprovação das reformas administrativa e da previdência.
As universidades já poderiam,
por exemplo, contratar professores fora do regime único do funcionalismo público.
Privatização
FHC afirmou que "velhas oposições começam a desaparecer".
"'Vai privatizar o ensino." Meu
Deus, há que se dar lugar à escola
privada. Há que se apoiar a escola
privada. Há que se dar bolsa para a
escola privada. Mas não se pode
deixar de ter escola pública", disse.
"Por falar em privatização de
uma universidade pública, eu pergunto: quem poria capital em universidade pública? Só para perder,
porque não paga o investimento. E
não é para pagar, porque não é investimento, é uma obrigação do
Estado", completou.
Para o presidente, "esses são falsos dilemas". Ele afirmou que o
governo vai apoiar a educação
com parcerias com os setores privado e público. "Não vamos privatizar coisíssima nenhuma em matéria de educação."
FHC classificou como avanços o
provão e o sistema "mais seletivo"
na oferta de bolsas.
O presidente fez as declarações
ontem, no Palácio do Planalto, em
cerimônia de transformação de
seis escolas técnicas em Centros
Federais de Educação Tecnológica
-os Cefet.
Com a medida, o país passa a ter
17 centros tecnológicos: os cinco já
existentes, os seis criados em janeiro último e os seis que surgiram
ontem (Goiás, Piauí, Espírito Santo, Paraíba, Alagoas e Ceará).
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