São Paulo, segunda-feira, 23 de abril de 2001

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Ex-aluna espera 2 meses por restituição

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Silmara Dancona, 29, assistente de estágios da Universidade Bandeirante de São Paulo (Uniban), matriculou-se em outubro na academia Kraft. Adquiriu um pacote de seis meses mediante a entrega de seis cheques pré-datados de R$ 62,00 cada um.
Antes de terminar o primeiro mês, Silmara pediu o cancelamento do contrato e a devolução dos cheques deixados. Ela não poderia mais frequentar a academia devido a problemas no joelho. Entre pedidos verbais e por escrito e entrega de atestado médico, Silmara esperou quase dois meses para ouvir que teria direito a uma restituição de R$ 12,00. A Kraft não enviou representante para uma audiência de reconciliação.
Joacir Alberto Borges, gerente da unidade da Kraft em que Silmara se matriculou, informa que o recibo assinado no ato da contratação estipula que, em caso de desistência, o plano semestral, promocional, torna-se mensal.
Ele acrescenta que, no plano mensal, o consumidor paga R$ 100 de matrícula, R$ 50 para avaliação física, exame médico e orientação de atividades, além da mensalidade de R$ 144.
Segundo Borges, a norma da academia para cancelamento é que o pedido seja feito por escrito em formulário próprio.
No caso de Silmara, o pedido escrito data de 5 de dezembro, "já no segundo mês do plano".
Indagado sobre o não-comparecimento ao Procon, Borges respondeu que soube da convocação só na semana passada. Silmara diz que levou a convocação pessoalmente à academia e protocolou o documento na recepção.
"Ainda não sei o que aconteceu, mas com certeza foi um erro", diz Marco Aurélio Sanches, proprietário da Kraft. Na sexta-feira, ele dispôs-se a procurar Silmara para tentar negociar uma solução.
Questionada sobre a demora em pedir o cancelamento por escrito, Silmara diz que o solicitou primeiro verbalmente e pediram-lhe para esperar dez dias. Ao reiterar o pedido, é que lhe pediram que o fizesse por escrito.



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