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São Paulo, quarta-feira, 23 de abril de 2003

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SABESP

Causa do acidente seria ligação irregular feita por um morador

Novo vazamento faz subprefeitura interditar 16 casas

DA REPORTAGEM LOCAL

Dois dias após o rompimento de uma adutora da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) na Casa Verde (zona norte da capital paulista), 16 famílias tiveram que abandonar suas casas devido ao vazamento de uma tubulação da empresa no Jabaquara (zona sul). O acidente teria sido causado por uma ligação irregular feita por um morador da rua Mussol.
Algumas famílias foram levadas para um hotel na região e outras se hospedaram em casas alugadas pela própria companhia.
O vazamento começou na casa de número 43 da rua Mussol, na noite de domingo. De acordo com Ana Maria Alves Marques, proprietária da casa, há pelo menos seis meses começaram a aparecer rachaduras nas paredes. Moradores contam que notaram vazamentos de água nas casas próximas há cerca de um mês.
"Acordei com um barulho bem forte e a casa começou a ranger. Saí correndo com meus filhos e passamos a noite na rua, com os vizinhos. Ninguém conseguia dormir", conta Marques.
Contatada pelos moradores, a Sabesp enviou técnicos ao local. O abastecimento de água na região foi suspenso para reparos na tubulação, mas ontem à noite já tinha voltado ao normal.
Engenheiros da Subprefeitura do Jabaquara interditaram 16 imóveis da rua, que começaram a apresentar rachaduras após o vazamento. No entanto, os moradores dizem que mais casas começaram a rachar. "À noite ouvi um estalo bem baixinho, como se alguma coisa estivesse caindo, ficava fazendo aquele barulho estranho. Ontem, a parede da cozinha e do banheiro amanheceram rachadas", conta Helena Ferreira.
A Sabesp afirma que técnicos irão fazer um levantamento dos danos e reparos necessários no local. Enquanto isso, a companhia assumiu a hospedagem dos moradores desabrigados.

Zona norte
Há dois dias, o rompimento de uma adutora da empresa na Casa Verde provocou o desabamento de cinco casas e a interdição de outras 16. Segundo o engenheiro Paulo da Silva, gerente de manutenção da empresa, o tipo de terreno do local, bastante íngreme, faz com que ainda haja risco de novos desabamentos.
Os moradores, que estavam em um flat em Perdizes, foram transferidos ontem para um flat em Santana. A Sabesp pretende alugar imóveis na região até a reconstrução das casas. A empresa assumiu a responsabilidade pelo acidente, mas não sabe dizer quais foram as causas. Laudo preliminar sobre os motivos do rompimento deve ficar pronto até o início da semana que vem.
A pedido da Defesa Civil, a Guarda Civil Metropolitana e uma equipe de segurança particular estão vigiando os imóveis para evitar furtos. (SIMONE IWASSO)


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