São Paulo, sábado, 23 de abril de 2005

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OUTRO LADO

"Não há retirada compulsória", diz a Polícia Militar

DA REPORTAGEM LOCAL

O major Jorge Luiz Alves, assessor de comunicação da Polícia Militar, nega que haja orientação para retirar crianças das ruas. Segundo ele, a ordem é que o policial converse com crianças e adolescentes de rua e, caso sejam convencidos a ir a um abrigo, chame o serviço da Prefeitura de São Paulo para sua remoção. (FM)

 

Folha - A PM está levando crianças e adolescentes de rua compulsoriamente para abrigos?
Major Jorge Luiz Alves -
A posição da Polícia Militar a esse respeito é que nenhuma criança é conduzida compulsoriamente.

Folha - Como o sr. explica, então, que crianças levadas a esses abrigos não fiquem lá nem uma hora?
Alves -
Eu não explico esse fato. Até porque não temos nenhuma reclamação formal a esse respeito.

Folha - Há um documento no Ministério Público que denuncia essa retirada.
Alves -
Não temos conhecimento do documento. O que a corporação orienta é que a condução compulsória é só para o adolescente infrator.

Folha - Policiais disseram à Folha que receberam ordem de tirar os meninos das ruas. Eles mentiram?
Alves -
Eles estão equivocados na compreensão da orientação.

Folha - Entidades que recebem essas crianças afirmam que elas chegam nos carros de PM.
Alves -
Com assistentes sociais?

Folha - Os registros apontam que chegam só com PMs.
Alves -
Ah, então é o registro que diz isso... Mas não se sabe como esse registro foi feito.


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