São Paulo, sábado, 23 de abril de 2005

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CLIMA

Temporal cortou luz em 137 mil casas na capital paranaense

Chuva de granizo e ventos fortes deixam Curitiba e Rio sem energia

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

DA SUCURSAL DO RIO

Ventos fortes e tempestades de granito afetaram o fornecimento de energia na Grande Curitiba e no Rio de Janeiro, na noite de quinta. Na capital paranaense, 137 mil casas ficaram sem luz; no Rio, foram afetadas 250 mil pessoas.
Na Grande Curitiba, a maioria dos domicílios da capital teve a luz restabelecida até as 9h de ontem, mas cerca de 5.000 casas de outras cidades ainda esperavam atendimento no final da tarde de ontem, segundo a Copel (companhia de energia local). O ventos chegaram a 72 km/h na região.
A chuva forte começou pouco antes das 18h. O número de ocorrências atendidas pelo Corpo de Bombeiros chegou a 400.
Na saída do jogo entre o Coritiba e o Treze de Campina Grande, pela Copa do Brasil, no estádio do Pinheirão (Curitiba), quatro torcedores e um policial foram atingidos por tijolos que se soltaram de um muro. Em Pinhais, um caminhão tombou ao deslizar sobre o gelo concentrado no asfalto.
O vento derrubou ou fez arcar postes em cidades ao norte de Curitiba, onde os problemas com a rede elétrica foram acentuados. A Copel informou que os reparos em áreas rurais dessas cidades devem se estender por hoje ainda.
A Defesa Civil do Estado registrou 35 desabrigados. Ao menos dez pessoas ficaram feridas sem gravidade. Para contornar os casos de casas destelhadas, foram distribuídos 6.000 m2 de lona.
No Instituto Tecnológico Simepar, a explicação dos meteorologistas para a tempestade foi "uma linha de instabilidade intensa".

Rio
Durante a tempestade que atingiu a Grande Rio, duas pessoas foram soterradas na cidade de São Gonçalo (a 30 km do Rio), mas sofreram apenas ferimentos leves.
A chuva provocou vários alagamentos. O Hospital Geral de Bonsucesso (zona norte) teve que interromper o atendimento de emergência. Parte do teto caiu deixando a chuva entrar no setor. Os pacientes foram removidos para a UTI e enfermarias. A maternidade Leila Diniz, em Jacarepaguá (zona oeste), foi inundada.
O temporal começou às 21h40. Até o final da tarde de ontem, a Defesa Civil havia contabilizado nove desabamentos e duas ameaças de desmoronamento, além de 53 cortes de árvores.
As regiões mais afetadas na capital foram as zonas norte e oeste. Não houve registros de pessoas desabrigadas ou desalojadas. A região dos lagos (litoral fluminense) também ficou sem luz.
Até o final da tarde, a Light (fornecedora de energia para a cidade do Rio) informou que 20 mil consumidores ainda estavam sem luz. Segundo a Light, pelo menos 15 bairros foram afetados.
A ponte Rio-Niterói foi fechada por 20 minutos. Em Del Castilho (zona norte), o shopping Nova América foi alagado, obrigando comerciantes a atrasar a abertura.
Segundo o Serviço de Meteorologia, novas chuvas poderão ocorrer no final de semana, mas não com a mesma intensidade.

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