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ADMINISTRAÇÃO
Troca acontece hoje
Sayad deixa secretaria negando divergências
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário de Finanças da
Prefeitura de São Paulo, João Sayad, 57, deixa o cargo hoje depois
de quase dois anos e meio exercendo o cargo. Procurado ontem,
ele não quis comentar sua saída,
que será oficializada em uma cerimônia na tarde de hoje na sede do
Executivo, o Palácio das Indústrias, no centro da cidade.
O substituto de Sayad será Luís
Carlos Fernandes Afonso, 42,
atual diretor financeiro e de investimento da Petros (Fundação Petrobras de Seguridade Social) e
ex-secretário de Finanças das prefeituras de Santo André e de Campinas em gestões petistas.
Afonso faz doutorado em economia pela Unicamp. Ele é formado em ciências econômicas
pela PUC de São Paulo e fez mestrado, também em economia, pela UFRGS (Universidade Federal
do Rio Grande do Sul).
Por sua assessoria de imprensa,
o secretário Sayad informou novamente ontem que deixa a gestão Marta Suplicy (PT) por razões
pessoais. A assessoria negou que
sua decisão tenha relação com divergências com a prefeita ou outros integrantes do governo.
A colunista Mônica Bergamo
informou ontem que parlamentares do PT de São Paulo esperam
que, com a saída de João Sayad da
Secretaria de Finanças, sejam tocadas com mais rapidez pela administração municipal obras de
grande visibilidade eleitoral.
Além de João Sayad, a Folha
procurou ontem o secretário municipal de Governo, Rui Falcão,
que também não se pronunciou
sobre o caso. Falcão havia descartado anteontem a possibilidade
de a saída de Sayad estar ligada à
resistência dele em fazer gastos
além do que estava previsto.
"Eu e João desenvolvemos uma
amizade pessoal. Não houve esse
tipo de divergência. Ele fez uma
revolução nas finanças. Não tinha
mais grandes desafios pela frente", afirmou Falcão.
"Estou saindo mesmo para começar uma nova vida", disse Sayad anteontem à Folha, negando
que sua decisão de deixar a administração petista tenha sido motivada por desentendimentos com
o governo Marta Suplicy.
Sayad foi secretário estadual da
Fazenda (1983-1985) na gestão de
André Franco Montoro (PMDB)
e ministro-chefe da Secretaria de
Planejamento da Presidência da
República (1985-1987) no governo José Sarney.
Depois de comandar mudanças
em impostos e implantar a taxa de
lixo e a contribuição para a iluminação pública na Secretaria de Finanças, ele deixa o cargo elogiado
pela prefeita Marta Suplicy.
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