São Paulo, terça-feira, 23 de maio de 2006

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Após fim de ataques, bases comunitárias da PM continuam vazias

LUÍSA BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL

Mais de uma semana após o início da onda de ataques do PCC no Estado de São Paulo a rotina da segurança pública ainda não voltou ao normal.
Diversas bases comunitárias de segurança da PM, retiradas das ruas no dia 13, ainda não foram recolocadas nas vias e bairros da capital, apesar de o comando da corporação dizer que tem "o controle do terreno absoluto".
Delegacias e batalhões da PM também permanecem em alerta, cercados por fitas de segurança e cones que dificultam o acesso aos prédios.
Na última quinta, a Folha flagrou uma mulher vendendo cola a crianças em plena praça da Sé. No local, havia uma base da PM. Ontem a reportagem foi até lá e não viu policiais. "Aumentou tudo aqui. Drogas, ladrão. Com a PM, a situação era mais controlada", disse o taxista José Jesuíno dos Santos, 59.
No largo da Batata, em Pinheiros (zona oeste), alguns comerciantes têm fechado os bares mais cedo por temerem ação de criminosos após a saída da base de segurança do local. "Com ela [a base] aí o bandido pensaria duas vezes antes de assaltar", disse Artenísio Silva, 44, dono de loja.
As bases também sumiram dos cruzamentos das avenidas Brigadeiro Faria Lima e Cidade Jardim, no Itaim Bibi (zona oeste), e da rua da Consolação com a av. Paulista. O largo de Santa Cecília, no centro, também ficou sem patrulhamento fixo desde que começaram os ataques.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da PM não informou quantas bases foram retiradas "por questão de inteligência e estratégia policial". O órgão divulgou uma nota, na última sexta, na qual afirma que as unidades saíram das ruas para "o emprego dos policiais no policiamento ostensivo". Já ontem, informou que as bases apenas foram remanejadas. A PM disse que as áreas onde havia unidades estão sendo patrulhadas.


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