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Após fim de ataques, bases comunitárias da
PM continuam vazias
LUÍSA BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais de uma semana após o
início da onda de ataques do
PCC no Estado de São Paulo a
rotina da segurança pública
ainda não voltou ao normal.
Diversas bases comunitárias de segurança da PM, retiradas das ruas no dia 13, ainda
não foram recolocadas nas
vias e bairros da capital, apesar de o comando da corporação dizer que tem "o controle
do terreno absoluto".
Delegacias e batalhões da
PM também permanecem
em alerta, cercados por fitas
de segurança e cones que dificultam o acesso aos prédios.
Na última quinta, a Folha
flagrou uma mulher vendendo cola a crianças em plena
praça da Sé. No local, havia
uma base da PM. Ontem a reportagem foi até lá e não viu
policiais. "Aumentou tudo
aqui. Drogas, ladrão. Com a
PM, a situação era mais controlada", disse o taxista José
Jesuíno dos Santos, 59.
No largo da Batata, em Pinheiros (zona oeste), alguns
comerciantes têm fechado os
bares mais cedo por temerem
ação de criminosos após a
saída da base de segurança do
local. "Com ela [a base] aí o
bandido pensaria duas vezes
antes de assaltar", disse Artenísio Silva, 44, dono de loja.
As bases também sumiram
dos cruzamentos das avenidas Brigadeiro Faria Lima e
Cidade Jardim, no Itaim Bibi
(zona oeste), e da rua da Consolação com a av. Paulista. O
largo de Santa Cecília, no
centro, também ficou sem
patrulhamento fixo desde
que começaram os ataques.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da PM não informou quantas bases foram retiradas
"por questão de inteligência e
estratégia policial". O órgão
divulgou uma nota, na última
sexta, na qual afirma que as
unidades saíram das ruas para "o emprego dos policiais
no policiamento ostensivo".
Já ontem, informou que as
bases apenas foram remanejadas. A PM disse que as áreas
onde havia unidades estão
sendo patrulhadas.
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