Cabo de 27 anos estava dentro de carro quando foi baleado; nada foi roubado

Para a Secretaria da Segurança Pública, caso foi tentativa de assalto e não tem relação com os ataques do PCC

AFRA BALAZINA
SIMONE HARNIK
DA REPORTAGEM LOCAL

Um policial militar que estava de folga morreu ontem com um tiro no coração e outro no braço na Lapa, na zona oeste de São Paulo, por volta das 16h30.
Elzir Ferreira Rodrigues, 27, que trabalhava desde 1999 na corporação, foi assassinado dentro de um Palio preto, ano 2000. O cabo da 1ª companhia do 4º batalhão aparentemente estava com o veículo parado quando foi alvejado.
A Secretaria da Segurança Pública diz que a morte não tem relação com os ataques do PCC e que o caso foi uma tentativa de assalto. De acordo com a polícia, nada foi roubado.
Segundo relatos, três disparos foram ouvidos e, depois, três homens correram. Uma bala acertou a lataria do carro e o vidro da lateral do motorista foi quebrado por outros tiros.
Rodrigues foi levado para o hospital Sorocabano, mas chegou ao local já sem vida, por volta das 17h. Pelo menos dez carros e seis motos da polícia passaram pelo hospital. O corpo chegou ao IML às 21h20, onde passaria por necropsia.
Uma câmera de segurança filmou a cena dos bandidos correndo após o crime. Foi feito um boletim de ocorrência de homicídio qualificado no 7º Distrito Policial (Lapa).
O delegado Celso Lahoz Garcia considera remota a hipótese de ataque do crime organizado, mas não descarta a possibilidade. "Já está tudo calmo e nessa região não houve ataques contra policiais", disse.
O carro em que Rodrigues foi morto está no nome de uma empresa -Ortopedia Jaguaribe Indústria e Comércio, localizada na rua do Cortume, vizinha à rua Emílio Goeldi, onde o PM foi assassinado.
Esse pode ser um indício de que o PM fazia um bico na área, como segurança, quando foi atacado pelos bandidos.


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