São Paulo, terça-feira, 23 de maio de 2006

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Motoboy deve usar uniforme, diz sindicato

Leonardo Wen/Folha Imagem
Motoboys circulam pela avenida 23 de Maio; 10 mil a 15 mil trabalham à noite em São Paulo


DANIELA TÓFOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Com medo de que os motoboys sejam confundidos pela polícia com motoqueiros que realizaram ataques a policiais, bancos e ônibus na semana passada, o SindiMoto (Sindicato dos Trabalhadores Motociclistas da Cidade de São Paulo) está orientando a categoria a tomar alguns cuidados durante a noite.
"Pedimos que eles só saiam para fazer entregas com o colete da prefeitura ou com o uniforme do local onde trabalham", disse o presidente da entidade, Aldemir Martins de Freitas. "Orientamos ainda para que não andem com alguém na garupa, porque isso pode despertar suspeita, e evitem visores escuros nos capacetes, que dificultam a identificação por parte da polícia."
O sindicato calcula que cerca de 20% dos motoboys que trabalham à noite faltaram ao serviço na semana passada. Segundo Martins, mais do que medo do PCC, eles temiam a ação da polícia. "Os motoboys se tornaram as grandes vítimas das blitze armadas na cidade e alguns acabaram morrendo."
O SindiMoto afirma que pelo menos três entregadores foram mortos. De acordo com Freitas, o sindicato aguarda as informações oficiais para saber em que condições eles morreram.
Trabalham na cidade entre 100 mil e 120 mil motoboys, segundo o SindiMoto. Desses, de 10 mil a 15 mil fazem serviços à noite.
A Secretaria da Segurança Pública não soube informar quantos motociclistas morreram na última semana nem quantos foram parados em blitze. Informou que apenas suspeitos foram parados.


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