São Paulo, sábado, 23 de maio de 1998

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Mulher é presa por não pagar pensão

PAULO LEANDRO
em Salvador

A Justiça baiana fixou ontem em R$ 1.800,00 o valor mínimo que a cacauicultora Osana Silva terá de pagar ao ex-marido Dilton Matos para sair da Casa de Detenção de Itabuna, no sul da Bahia.
Osana pode ficar presa até 60 dias por não pagar pensão alimentícia a Matos, com quem tem dois filhos menores. A ré admite que o montante do débito chega a R$ 24 mil, mas alega não ter como pagar.
Segundo o juiz Francisco Bispo, que determinou a prisão de Osana, o ex-marido não pode trabalhar por problemas de saúde. Matos sofreu um derrame cerebral e um infarto após a separação do casal, em 1992.
Osana alega que não pode pagar a pensão porque a praga chamada "vassoura-de-bruxa" arrasou a lavoura de cacau em sua fazenda, a São Benedito, em Ilhéus, no sul do Estado. A vassoura-de-bruxa leva ao apodrecimento dos frutos. Osana vendeu a fazenda.
Ela afirma que passou a morar de favor na casa da mãe porque o dinheiro da venda foi suficiente apenas para pagar dívidas. No entanto, o ex-marido denunciou à Justiça que a mulher possui uma outra propriedade, o que ela nega.



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