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Mulher é presa por
não pagar pensão
PAULO LEANDRO
em Salvador
A Justiça baiana fixou ontem em
R$ 1.800,00 o valor mínimo que a
cacauicultora Osana Silva terá de
pagar ao ex-marido Dilton Matos
para sair da Casa de Detenção de
Itabuna, no sul da Bahia.
Osana pode ficar presa até 60
dias por não pagar pensão alimentícia a Matos, com quem tem dois
filhos menores. A ré admite que o
montante do débito chega a R$ 24
mil, mas alega não ter como pagar.
Segundo o juiz Francisco Bispo,
que determinou a prisão de Osana,
o ex-marido não pode trabalhar
por problemas de saúde. Matos sofreu um derrame cerebral e um infarto após a separação do casal, em
1992.
Osana alega que não pode pagar
a pensão porque a praga chamada
"vassoura-de-bruxa" arrasou a
lavoura de cacau em sua fazenda, a
São Benedito, em Ilhéus, no sul do
Estado. A vassoura-de-bruxa leva
ao apodrecimento dos frutos. Osana vendeu a fazenda.
Ela afirma que passou a morar de
favor na casa da mãe porque o dinheiro da venda foi suficiente apenas para pagar dívidas. No entanto, o ex-marido denunciou à Justiça que a mulher possui uma outra
propriedade, o que ela nega.
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