São Paulo, domingo, 23 de junho de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PLANTÃO

Estudo mostra operação que pode mudar o timbre da voz

JULIO ABRAMCZYK

Normalmente não se espera voz grossa em mulher ou voz fina em homem. Mas essa situação pode ocorrer. E uma voz incompatível com o sexo pode causar problemas emocionais, profissionais e até na atividade social do portador.
Existem, entretanto, operações para mudar a voz visando solucionar esse problema. A médica Saramira C. Bohadana, em tese apresentada e aprovada na Faculdade de Medicina da USP, relatou uma técnica para essa operação. Ela interfere na vibração das pregas vocais pré e pós-aproximação da cartilagem cricotireóidea, um tecido de consistência firme formado por fibras de colágeno na laringe.
As pregas vocais são como as cordas de um violão. O comprimento, como estão esticadas e como são manipuladas, determinam o som que irá sair do instrumento. Da mesma forma, as características das pregas vocais determinam a duração e a amplitude de vibração dessas pregas, caracterizando o timbre de voz.
Segundo Bohadana (cujo estudo foi orientado pelos professores Luiz Ubirajara Sennes e Domingos Tsuji), a aproximação cricotireóidea simula a contração do principal músculo tensor das pregas vocais, o músculo cricotireóideo. Ao aproximar as cartilagens cricóidea e tireóidea, as pregas vocais se distendem e se eleva a frequência da voz, tornando-se mais aguda.
A técnica é indicada a pacientes que tiveram paralisia daquele músculo por doenças glandulares ou reumáticas e em transexuais, como é feito na Holanda. A cirurgia oposta, para homens com a voz muito fina e feminina, faz com que ela se torne adequada para o sexo masculino. É o que pode ocorrer quando, na adolescência, a mudança vocal não ocorreu adequadamente.

PSICANÁLISE

Curitiba homenageia analista de SP
No 5º Encontro Aberto de Psicanálise de Curitiba, realizado entre os dias 13 e 16, o médico Narciso L. Coelho Netto, de São Paulo, recebeu o título de membro honorário do Núcleo Psicanalítico de Curitiba por ter, na década de 70, formado a primeira geração de psicanalistas paranaenses.

ODONTOLOGIA

Cardíacos podem receber anestésicos
Márcia Inês Badillo e colaboradores do Incor apresentaram no 6º Simpósio de Odontologia em Cardiologia revisão da literatura dos últimos 12 anos que sugere, para a maioria dos casos, que os dentistas podem usar anestésicos locais associados a vasoconstrictores em cardíacos estáveis.



Texto Anterior: Costureira faz cirurgia para descomprimir nervo
Próximo Texto: Notas - Aids: Lei proíbe discriminação contra portadores de HIV
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.