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Família nega relação com morte de menina
Parentes da garota de 4 anos, filha de austríaco que morreu sexta-feira, dizem que ela era bem tratada
DA SUCURSAL DO RIO
A família de Sophie Zanger,
4, que morreu de traumatismo
craniano na sexta-feira, na Baixada Fluminense, negou ontem as acusações de maus-tratos e de envolvimento com a
sua morte. O pai dela, o austríaco Sascha Zanger, acusa Maristela dos Santos, sua ex-mulher,
de ter sequestrado a menina e o
outro filho do casal, de 12 anos.
Geovana dos Santos Vianna,
42, e Lílian Vianna, 21, tia e prima da garota, são suspeitas de
terem agredido Sophie. O delegado Agnaldo Ribeiro, da 36ª
DP, disse ontem que, caso seja
provado que Sophie morreu em
consequência de agressões, indiciará as duas por homicídio.
Sizenando dos Santos Vianna, 47, marido de Geovana, disse, ao depor ontem, que a menina sofreu uma queda.
Geovana tinha a guarda de
Sophie e do irmão dela. Ela alega que sua irmã Maristela tem
problemas mentais e estava desaparecida. Já Maristela diz ter
sido expulsa da casa.
A mãe fugiu da Áustria com
os filhos em janeiro de 2008.
Segundo Ricardo Zamariola,
advogado de Sascha, o austríaco entrou na Justiça Federal do
Rio em dezembro para reaver a
guarda dos filhos. Sascha veio
para o Brasil quando soube que
a filha fora internada, no dia 12,
após desmaiar no banheiro.
Vizinhos afirmaram ontem
que a criança era vítima de
maus-tratos. Segundo depoimentos, Lílian estava sozinha
com as crianças em casa, e Geovana, no supermercado.
"A filha teria responsabilidade sobre a morte, enquanto a
mãe teria sido no mínimo conivente", disse o delegado.
Em depoimento, Geovana e o
irmão de Sophie admitiram que
a menina havia caído no banheiro quando sofreu traumatismo craniano. "A princípio
todos nós acreditamos, mas, no
hospital, os médicos nos informaram que ela deve ter sido
maltratada. Segundo os médicos, ela tinha escoriações e hematomas antigos pelo corpo",
disse Sílvia Maria Cavalcante,
36, vizinha da família e que levou Sophie ao posto de saúde.
A mãe das crianças foi localizada e depôs ontem. Ela disse
que o marido a agredia e abusava sexualmente dos filhos. Ela
também afirmou que foi expulsa de casa e proibida pelos familiares de ver os filhos.
"Estou perplexo, ela nunca
fez nenhuma acusação na Justiça da Áustria", disse Sascha.
O delegado liberou Maristela
e disse que não a denunciará.
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