São Paulo, terça-feira, 23 de junho de 2009

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Família nega relação com morte de menina

Parentes da garota de 4 anos, filha de austríaco que morreu sexta-feira, dizem que ela era bem tratada

DA SUCURSAL DO RIO

A família de Sophie Zanger, 4, que morreu de traumatismo craniano na sexta-feira, na Baixada Fluminense, negou ontem as acusações de maus-tratos e de envolvimento com a sua morte. O pai dela, o austríaco Sascha Zanger, acusa Maristela dos Santos, sua ex-mulher, de ter sequestrado a menina e o outro filho do casal, de 12 anos.
Geovana dos Santos Vianna, 42, e Lílian Vianna, 21, tia e prima da garota, são suspeitas de terem agredido Sophie. O delegado Agnaldo Ribeiro, da 36ª DP, disse ontem que, caso seja provado que Sophie morreu em consequência de agressões, indiciará as duas por homicídio.
Sizenando dos Santos Vianna, 47, marido de Geovana, disse, ao depor ontem, que a menina sofreu uma queda.
Geovana tinha a guarda de Sophie e do irmão dela. Ela alega que sua irmã Maristela tem problemas mentais e estava desaparecida. Já Maristela diz ter sido expulsa da casa.
A mãe fugiu da Áustria com os filhos em janeiro de 2008. Segundo Ricardo Zamariola, advogado de Sascha, o austríaco entrou na Justiça Federal do Rio em dezembro para reaver a guarda dos filhos. Sascha veio para o Brasil quando soube que a filha fora internada, no dia 12, após desmaiar no banheiro.
Vizinhos afirmaram ontem que a criança era vítima de maus-tratos. Segundo depoimentos, Lílian estava sozinha com as crianças em casa, e Geovana, no supermercado.
"A filha teria responsabilidade sobre a morte, enquanto a mãe teria sido no mínimo conivente", disse o delegado.
Em depoimento, Geovana e o irmão de Sophie admitiram que a menina havia caído no banheiro quando sofreu traumatismo craniano. "A princípio todos nós acreditamos, mas, no hospital, os médicos nos informaram que ela deve ter sido maltratada. Segundo os médicos, ela tinha escoriações e hematomas antigos pelo corpo", disse Sílvia Maria Cavalcante, 36, vizinha da família e que levou Sophie ao posto de saúde.
A mãe das crianças foi localizada e depôs ontem. Ela disse que o marido a agredia e abusava sexualmente dos filhos. Ela também afirmou que foi expulsa de casa e proibida pelos familiares de ver os filhos.
"Estou perplexo, ela nunca fez nenhuma acusação na Justiça da Áustria", disse Sascha.
O delegado liberou Maristela e disse que não a denunciará.


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