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MEIO AMBIENTE
Vazamento de gás letal e parada de emergência no setor de transformação do óleo agitaram trabalhos
Dia de refinaria teve outros incidentes
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
A Repar (Refinaria Presidente
Getúlio Vargas), em Araucária
(PR), começou com um dia conturbado no domingo em que provocou o maior acidente ambiental
da história do Paraná.
Às 10h30, o vazamento de um
gás letal da Ultrafertil, empresa
que faz divisa com área da Repar,
contaminou levemente três petroleiros perto da área sul da refinaria, onde às 15h15 o óleo começaria a jorrar com a quebra da
junta de expansão, uma peça sanfonada de quase um metro de altura por 50 cm de diâmetro.
O comentário sobre o vazamento de H2S, gás sulfídrico, deixou a
equipe que trabalha na operação
receosa de contaminação. "Isso
conturbou o ambiente. Os comentários de que o gás pode matar provocou medo nos funcionários", afirmou o presidente do
Sindicato dos Petroleiros do Paraná, Helio Luiz Seidel.
Meia hora depois do incidente
com o vazamento de gás, o setor
de desasfaltação, onde o óleo
combustível é transformado em
combustível mais refinado, como
o óleo diesel, sofreu uma parada
de emergência.
A parada de emergência é um
ponto crítico em que pode acontecer uma explosão, acidentes de
grandes proporções. Três funcionários que estavam de folga tiveram de ser buscados em casa para
ajudar nos trabalhos.
Às 15h, quando o vazamento
dos 4 milhões de litros de óleo já
tinha sido identificado, uma nova
anormalidade sobrecarregou a
equipe de cerca de 50 pessoas que
tocavam a operação da refinaria
naquele dia.
A quebra da caldeira GV-506,
que é uma das duas casas de força
que fornecem energia para a refinaria, deixou os funcionários de
plantão diante de mais uma situação de emergência.
A Copel (Companhia de Energia Elétrica do Paraná) teve de ser
acionada para suprir a falta de
energia. Até anteontem, a caldeira
não havia sido reativada, de acordo com informações obtidas pelo
sindicato.
Cinco equipes com até 50 pessoas se revezam na operação da
refinaria durante sete dias por semana. Para o sindicato, se o acidente ocorresse entre segunda-feira e sexta-feira possivelmente
seria percebido mais rápido do
que as duas horas que levou para
ser descoberto no domingo.
"O pessoal da administração é
treinado para ajudar na operação
em situações de emergência.
Além disso, há mais gente circulando pela área da refinaria, então
acredito que teria sido detectado
mais facilmente", disse.
(WO)
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